Servidores da Unidade Básica de Saúde Lar do Trabalhador, em Campo Grande, foram denunciados por descumprir a Lei e esconderem a vacina que estão dando nos cidadãos. E mais: a má educação parece ser endêmica no local, conforme leitores.
Na tarde desta segunda-feira (10), uma idosa de 80 anos, moradora da região e que prefere o anonimato, foi até a unidade tomar a segunda dose da Astrazeneca. Foi proibido a ela ver o frasco da vacina e até mesmo tirar fotos tomando a dose.
“Fora que foram ríspidos e sem educação, perguntei quando poderia tomar a vacina da gripe e o servidor respondeu que era para eu ver na televisão”, afirmou.
Por Lei, o cidadão tem todo direito tanto de conferir o frasco da vacina, quando a aspiração (quando a dose vai para a seringa) e a registrar a aplicação em foto. O máximo que se pode pedir é que não sejam mostrados os servidores do local. ‘Como vou saber o que tomei?’, questiona a idosa.
MÁ EDUCAÇÃO
Não é a primeira denúncia recebida pela reportagem sobre o atendimento da unidade de saúde. Uma mulher de 52 anos contou que foi destratada ao tentar, semanas atrás, colocar o nome na lista da xepa. “Me disseram que isso não existia, até me chamaram de louca, só conseguir resolver após quase uma hora e com a chegada da gerente”, contou.
- Me chamara de louca
Outra denunciante, uma mulher de 40 anos, levou a filha, uma bebê de um ano, para vacinar e se disse horrorizada pelo atendimento. “Dei meu nome para minha filha vacinar da gripe, depois de várias pessoas passarem na minha frente, fui questionar a atendente, que aos berros me falou que eu não tinha dado nome nenhum, uma vergonha”, relata.
Ambos os casos foram denunciados na ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde e nenhum obteve retorno até o presente momento.