O professor Washington Alves Pagane foi detido e agredido durante uma manifestação no Centro de Campo Grande, neste sábado (29). O protesto tinha como alvo a gestão da prefeita Adriane Lopes, e, segundo relatos de Pagane, a agressão e prisão foram motivadas exclusivamente pela sua participação no ato.
Em uma declaração logo após sua liberação da prisão, o professor relatou que ele e outro manifestante foram alvo de insultos e violência por parte de agentes ligados à Secretaria de Segurança da prefeita. "Fomos xingados pelo Secretário de Segurança da prefeita, além de sermos agredidos durante a manifestação", afirmou Pagane. Ele detalhou ainda que, após as agressões, o secretário teria dado a ordem para que ele e outro manifestante fossem presos.
Washington ressaltou a presença de grupos vulneráveis na manifestação, como senhoras e mães com filhos atípicos. "Fomos presos e apanhamos na 14 (Rua 14 de Julho) simplesmente porque estávamos lá, com senhoras, com velhinhas, com mães atípicas", disse, referindo-se à violência de que foi vítima.
Durante sua manifestação, o professor também destacou que o verdadeiro objetivo das autoridades era calar as vozes críticas ao governo municipal. "Está comprovado que o objetivo era tentar calar os manifestantes. Tentaram silenciar o professor Washington na base da porrada, com gente armada, usando uma força de segurança que deveria estar protegendo a população", afirmou, referindo-se ao uso excessivo da força policial durante o episódio.
O caso, que gerou indignação entre os manifestantes e cidadãos que acompanharam os eventos pelas redes sociais, tem sido interpretado como um episódio de repressão à liberdade de expressão e ao direito de protestar.
Em um vídeo que circula pela internet, o professor fez um apelo aos seus apoiadores, pedindo orações para que ele pudesse resistir à perseguição política que, segundo ele, está sendo promovida pela atual gestão da prefeita Adriane Lopes.









