Campo Grande registrou quatro mortes no trânsito em apenas sete dias, sendo duas delas já no mês de maio, quando é promovida a campanha Maio Amarelo, voltada à conscientização sobre os altos índices de acidentes nas vias. Os casos envolvem motociclistas e evidenciam a vulnerabilidade desse grupo nas ruas da Capital.
A primeira morte ocorreu no fim da tarde de terça-feira, 29 de abril, quando o motoentregador Rafael Piaser, de 32 anos, bateu na traseira de um carro na Rua Joaquim Murtinho, em frente à base da Polícia do Exército. Com o impacto, ele foi lançado na pista contrária e atropelado por um ônibus do transporte coletivo. Socorristas tentaram reanimá-lo por cerca de uma hora, mas Rafael morreu no local.
Já na manhã desta segunda-feira (5), já durante o Maio Amarelo, a jovem motociclista Alinne Souza Cândida, 25 anos, morreu ao derrapar em um monte de areia enquanto fazia uma conversão no cruzamento das ruas Engenheiro Paulo Frontin e José Maurício, no Bairro Los Angeles. Um ônibus que aguardava a manobra da moto acabou atingindo Alinne após a queda. A principal hipótese é que a vítima tenha caído no ponto cego do motorista, que não conseguiu vê-la antes de arrancar com o veículo. A morte foi constatada ainda no local.
Menos de 24 horas depois, outra tragédia, já na manhã desta terça-feira (6), Patrícia Helena Lopes de Oliveira, 48 anos, também motociclista, foi vítima de um acidente no cruzamento da Avenida Rouxinol com a Rua Cândida Lima de Barros, no Bairro Tiradentes. A filha dela, Maria Isabel de Oliveira Souza, 23 anos, grávida, perdeu a vida ainda na noite de ontem.
Imagens de segurança mostram o momento em que Patrícia avança uma preferencial e é atingida em cheio por um Fiat Fiorino. Ela e a filha, grávida de 30 semanas, foram arremessadas com a força do impacto. As duas foram socorridas, mas Patrícia morreu após dar entrada na Santa Casa.
MAIO AMARELO
Com o tema "Desacelere. Seu bem maior é a vida", a campanha Maio Amarelo foi lançada na segunda-feira (5) em Campo Grande.
Durante o lançamento, a prefeita Adriane Lopes chegou a comemorar os resultados positivos obtidos nos primeiros meses de 2025 e destacou a importância de reduzir não apenas a velocidade nas ruas, mas também o ritmo acelerado da vida cotidiana.
"Mais calma no caminho, mais calma na vida, porque muitas vezes o trabalho é intenso e a gente vai passando os dias e não observa a nossa velocidade", diz durante o discurso de lançamento.
A campanha deste ano inclui blitzes educativas, palestras em escolas e empresas, e ações em cruzamentos estratégicos da cidade.









