Você já parou para imaginar um mundo com cores pouco definidas, em algumas das vezes embaçadas, com nuances distorcidas e sem diferenciação de tons? Parece estranho, não é mesmo?
Mas é assim a vida de um aluno de uma escola particular da Capital, que faz parte de 5% da população mundial que sofre de daltonismo (distúrbio que se caracteriza por uma irregularidade na percepção visual das cores e causa dificuldade para distinguir determinadas tonalidades, como o azul, verde e vermelho).
O que o jovem não contava é que a turma da escola tinha um plano que traria cores para sua vida em questão de segundos. Os colegas de sala, juntamente com o professor de história Fábio Gibin, fizeram uma ‘vaquinha’ e conseguiram adquirir um óculos fazendo com que o estudante enxergasse o mundo colorido ao seu redor.
“Quando me tornei professor pensei em algum dia poder modificar a vida de alguém, poder ajudar, sei lá, fazer algo para alguém, no momento em que me falaram que ele era daltônico pensei no que poderia fazer. Hoje me faltou palavras, e olha que falo bastante, uma turma resolveu fazer uma vaquinha para comprar um óculos que não tem no Brasil, para quem sofre de daltonismo”, escreveu o professor nas redes sociais.
O professor relembra que, mesmo com o dinheiro na mão, a turma não conseguiria solicitar a entrega no Brasil e foi aí que surgiu a ideia de enviar o pedido especial para o país vizinho. “Foi extremamente difícil, uma correria sem tamanho, não existe e não enviam para o Brasil, fiz o que pude, a turma levantou uma parte da grana, eu completei com o que faltava, e essa menina da foto ficou responsável por arrecadar a grana, fazer todo o trâmite para receber o óculos. Tivemos de mandar para o Paraguai, que é próximo a nossa cidade”.
Gibin se emociona ao relembrar do momento em que viu o aluno usando os óculos. “Hoje posso dizer que como professor foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, obrigado aos alunos envolvidos, obrigado Manu, obrigado pelo carinho”.