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Campo Grande

27/09/2015 17:59

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No bairro Nova Lima, famílias esperam há décadas por creche e asfalto

Na região norte de Campo Grande, no bairro Nova Lima, basta andar algumas quadras adentro para perceber a condição precária das vias, falta de calçadas e terrenos baldios mal cuidados - ainda que esta seja uma das áreas mais tradicionais e populosas da Capital, com mais de 35 mil habitantes. O crescimento no entorno do bairro, com a construção de um shopping center e nobre condomínio residencial,  trouxe novos moradores e comércio, mas quem vive ali há muito tempo reclama da falta de atenção do poder público.

“Em todos esses anos, pouca coisa mudou. Sempre tem gente torcendo o pé aqui nessas pedras, eu mesma já machuquei. Os políticos prometem, prometem, e somem”, conta Irene Batista, 60 anos, aposentada. “As pessoas também reclamam muito da falta de creche, que funciona no centro comunitário, que na verdade nunca foi um centro comunitário. Bagunça mesmo”, reclama.

O mesmo diz sua filha, que mora no bairro vizinho, Morada Verde. “Nunca patrolaram aqui essa região, falta asfalto em várias ruas, tem algumas que nem dá pra passar de carro, você imagina depois que chove, a situação que fica. Também tem muitas crianças que não tem onde ficar enquanto os pais trabalham”, disse Alice Batista Pereira, 41 anos, dona de casa.

“A creche é até boa, mas está lotada e o meu filho mais novo não conseguiu uma vaga. Por isso, acabei perdendo o emprego, senão não teria ninguém pra tomar conta dele. Já ouvi dizer que iriam construir uma nova, mas faz tempo”, disse Jamiles Fernandes Gomes Cardoso, 22 anos.

 

Há 12 anos morando no bairro, o casal Rosenilde Correia de Oliveira, 58 anos, e Hernandes Ferreira de Oliveira, 54, reiteram as mesmas reclamações, e dizem temer também pela segurança no bairro. Segundo eles, com a chegada de novos moradores, a região acabou chamando muita atenção de gente má intencionada. “Nós fomos assaltados duas vezes, acredito que por membros de gangues. Da primeira, roubaram vários móveis e eletrodomésticos, da segunda vez, levaram até a nossa janela”, conta a dona de casa.

“Sei que o bairro é muito grande, mas por isso mesmo deveriam ter mais cuidado com a gente. A limpeza aqui é horrível, muito mato, depois da greve dos catadores de lixo então ficou insuportável”, disse Rosenilde.

Asfalto ficou na promessa

Em junho deste ano, durante a administração do prefeito afastado, Gilmar Olarte, a prefeitura afirmou que a Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação estava em fase de finalização de um projeto de R$ 67,4 milhões, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Qualificação de Vias Urbanas.

O orçamento destinado ao Nova Lima previa a execução de 31,47 quilômetros de drenagem, 74 quilômetros de asfalto e 5,5 km de recapeamento. A recomposição do asfalto no bairro deveria abranger quatro vias que são eixos viários de acesso a vários vilas e conjuntos habitacionais existentes na região, como José Tavares, Oscar Salazar (Rua Zulmira Borba), Marques de Herval (conhecida como corredor do Nova Lima), Jerônimo de Albuquerque e Avenida Lino Vilacha.

A pavimentação do Nova Lima seria feita em quatro etapas, acompanhando a expansão da rede de esgoto planejada pela Águas Guariroba, concessionária do serviço de água e esgoto. Contudo, o projeto ainda não saiu do papel e os moradores continuam a aguardar as melhorias.

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