“Oferecer para o outro, o melhor que existe em mim”: foi com essas palavras que Izabella Rossendy, 35 anos, começou a descrever a vida de técnica de enfermagem, profissão que escolheu após ver a dedicação da ‘mãedrasta’ com o próximo.

No Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem, a profissional se emociona ao relembrar toda a trajetória, até se tornar técnica. “Cresci vendo o amor da minha mãe (mãedrasta) pela enfermagem. Ela era técnica, quando ela chegava depois de 12h ou 24h de plantão, cansada, mas sempre com um abraço, um sorriso, quando ela se arrumava toda de branco, eu me encantava”.

A partida do pai abalou Izabella durante o curso, mas a paixão pela nova profissão foi tão forte, que ela retomou os estudos e concluiu a jornada. “Quando cresci, decidi fazer o curso técnico. No meio do caminho, tive uma perda que acabou comigo, eu perdi meu pai, perdi meu chão, meu mundo foi junto, desabei. Parei tudo, até o curso, mas precisava continuar depois de dois anos, voltei, juntei todo amor e fui. Mesmo antes de concluir o curso, eu já estava empregada. Ser técnica de enfermagem é usar todo conhecimento técnico e científico e transformar em cuidados. É ter empatia, na sua forma mais literal, que nos faz querer cuidar do outro como se estivéssemos cuidando de nós mesmos”.

Ela afirma que encara dias difíceis, já que tem não pode mudar a situação de alguns pacientes, mas mesmo com toda dificuldade, a profissional deixa claro que foi a melhor escolha que fez na vida.

“Tem dias que não e fácil, às vezes chego em casa com um nó na garganta, com aquela ardência no peito, uma sensação de impotência, mas tem coisas que não podemos mudar, sou grata a Deus todos os dias por ter me capacitado,  porque é uma profissão linda, mas em muitos lugares, falta respeito, salários justos e boas condições de trabalho. Parabéns pelo nosso dia técnico de enfermagem, pela dedicação ao trabalho e amor ao próximo”.