O balonismo, até então uma prática pouco comum em Mato Grosso do Sul, tem ganhado cada vez mais adeptos desde que passou a ser oferecido na região neste ano. Os voos turísticos realizados em Camisão, distrito de Aquidauana, têm atraído visitantes de várias partes do estado, encantados com a oportunidade de sobrevoar os morros e paredões da Serra de Maracaju, incluindo o famoso Morro do Paxixi.

O passeio tem duração de 40 minutos a uma hora e acontece sempre ao nascer e ao pôr do sol. Durante a experiência, os passageiros podem tirar fotos com o auxílio da equipe e ainda participam de um brinde com espumante ao final do voo.

Apesar do apelo turístico e a crescente popularização da prática, atividade enfrenta acidentes recentes fora de MS. Neste sábado (21), dois acidentes com balões foram registrados em diferentes regiões do país, um deles com mortes.

Em Santa Catarina, um balão com 21 pessoas a bordo pegou fogo e caiu na manhã deste sábado na cidade de Praia Grande, conhecida como a "Capital do Balonismo". O incêndio começou quando o balão ainda estava próximo ao solo.

Com as chamas, 13 pessoas conseguiram saltar, mas o balão voltou a subir com as outras oito, que morreram. Quatro vítimas foram carbonizadas e outras quatro morreram ao tentar se jogar durante a queda.

Horas depois, em Sorocaba (SP), um balão tripulado com 15 passageiros, sendo 10 paraquedistas e cinco familiares, precisou fazer um pouso de emergência após uma mudança repentina no vento. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Johnny Alvarez, a manobra é considerada comum e, segundo ele, não ofereceu risco. A versão foi confirmada pelo piloto William Aguilar, que conduzia a aeronave.

No último dia 15 de junho, outro acidente com balão terminou em morte no interior paulista. Uma mulher não resistiu aos ferimentos após a queda de um balão que levava 33 pessoas na cidade de Capela do Alto.

Diante dos recentes casos, a reportagem entrou em contato com a empresa que atua com balonismo em Mato Grosso do Sul, questionando sobre os protocolos de segurança adotados. Não houve respostas até a publicação desta matéria.