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24/09/2021 11:00

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Boliviana envolvida em acidente aéreo da Chapecoense vai ficar presa em MS até a extradição

Polícia Federal efetuou a prisão de Celia Castedo em Corumbá, onde ela estava refugiada para não responder pelo crime

A boliviana Celia Castedo Monasterio, suspeita de envolvimento em fraude que causou a queda do avião da Chapecoense, em novembro de 2016, permanecerá presa em Corumbá até a extradição para a Bolívia. Ela foi presa pela Polícia Federal nessa quinta-feira (23), em solo sul-mato-grossense, onde alegava perseguição política para permanência.

Conforme a PF, as investigações apontam que a ex-funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia, foragida boliviana, foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião. Em novembro de 2016, por volta das 22h57, a aeronave caiu ao se aproximar do aeroporto internacional José Maria Cordova, em Rio Negro, a poucos quilômetros da cidade de Medelín, na Colômbia.

A tragédia resultou em 71 mortes na equipe de futebol masculina Chapecoense, que iria disputar o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana daquele ano.

"A boliviana era especialista em segurança de voo e, na ocasião, teria deixado, fraudulentamente, de observar os requisitos procedimentais mínimos para a aprovação do plano de voo da aeronave, eis que no programa apresentado, a autonomia de voo não era adequada para a viagem", diz a Polícia Federal em nota.

Alegou perseguição política

Segundo o Diário Corumbaense, a boliviana alegava perseguição política para ter o aceite de pedido de refúgio no Brasil. 

Celia Castedo vivia em Corumbá desde dezembro de 2016, quando teve aval da Justiça brasileira, após justificar que na Bolívia passou a ser perseguida após declarações sobre o acidente. 

Em 2019 ela teve renovação do pedido, mas houve a posse de Jeanine Àñez, após a queda de Evo Morales, também em 2019, e Célia retornou para a Bolívia, sendo assim, a perseguição alegada para o pedido de refúgio teria perdido efeito. Com o novo governo, de Luis Arce, do partido de Evo Morales, ela voltou para a cidade brasileira. 

Justificou

Ela afirmou que o voo não deveria ter saído, pois, como inspetora, teria alertado, mas depois de uma ordem superior da Direção Geral de Aeronáutica Civil, o avião foi liberado para seguir viagem para a Colômbia.

O plano de voo do avião apresentado pela companhia LaMia no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, de onde partiu a aeronave, teria tido pelo menos quatro pontos questionados pela funcionária responsável por verificar o documento. Entre eles, a autonomia do voo, já que houve preocupação de que a quantidade de combustível na aeronave não fosse suficiente para cumprir o trajeto até Medellín.

As regras internacionais de aviação exigem que o avião disponha de combustível para pelo menos meia hora a mais do que o tempo previsto no trajeto, porque pode haver necessidade de que a aeronave procure outro aeroporto ou fique à espera de liberação de pista para aterrissar. Após relatar seus questionamentos, a funcionária teria passado o documento para os controladores de voo. Não se sabe por que, mesmo com as dúvidas, a viagem foi autorizada.

A Aasana enviou ao Ministério Público boliviano notícia-crime contra Celia Castedo por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes". Ela foi suspensa de suas funções por suspeita de negligência no dia 1º de dezembro e, então, veio para Corumbá e pediu refúgio.

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