A Justiça boliviana decretou, nesta sexta-feira (28), 180 dias de prisão preventiva para dois brasileiros que confessaram ter assassinado Remberto López, detento que havia sido transferido de Cochabamba para Santa Cruz. A decisão foi tomada durante audiência virtual realizada em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.
Segundo o Procurador-Geral da Bolívia apurado pelo jornal El Deber, Roger Mariaca, os suspeitos admitiram a autoria do crime e solicitaram um acordo de delação premiada, mas o pedido foi rejeitado após forte oposição da família da vítima e de seu advogado. Com isso, o processo seguiu para definição das medidas cautelares.
O promotor Luis Alberto Hurtado informou que ambos serão transferidos da prisão de Palmasola para o presídio de segurança máxima de Chonchocoro, em La Paz, onde deverão cumprir o período de detenção preventiva enquanto as investigações avançam.
Quem era a vítima
Remberto López era investigado por supostos vínculos com o tráfico de drogas, sequestros e assassinatos por encomenda. Ele também havia sido apontado como um dos responsáveis pelo homicídio do juiz Wilber Cruz, em Villa Tunari. Após a identificação, López foi transferido para Palmasola, onde acabou morto pouco depois de chegar.
A família da vítima deve apresentar uma queixa formal denunciando ameaças que teriam sido feitas por indivíduos supostamente envolvidos na execução.
O caso reacende o debate sobre a vulnerabilidade do sistema penitenciário boliviano e a atuação de redes criminosas dentro das unidades prisionais.









