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Cidades

09/11/2013 06:00

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Projeto aposta em adestramento de cães abandonados para promover acessibilidade de deficientes visua

Acessibilidade

Uma proposta inédita em Campo Grande pode melhorar a vida de deficientes visuais que necessitam de auxílio na realização de tarefas simples do dia a dia. Ainda em fase de análise, o projeto “Novo Olhar” tem, entre outras finalidades, adestrar cães que são abandonados nas ruas da Capital, para, posteriormente, exercerem a função de guias. “No Brasil mais de um milhão de pessoas têm deficiência visual, e a oferta de cães guias para essa população é de apenas 90 cães, que custam, em média, R$ 35 mil. Esse valor é inviável para quem realmente precisa. O objetivo da proposta é fazer a doação desses cães, após, passarem por treinamentos específicos”,  explica o idealizador do projeto, o Policial Militar e adestrador, Edinaldo Souza Neves dos Santos.

Segundo o último censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso do Sul tem mais de 400 mil pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual, e conforme o adestrador, o poder público tem promovido poucas ações para facilitar a locomoção dessa parcela da população. “Com isso é possível garantir a acessibilidade e mobilidade para crianças e adultos com deficiências físicas ou intelectual, além dos deficientes visuais e cadeirantes, ”acrescenta o PM ressaltando que a iniciativa contempla a ideologia da Polícia Militar, ao fazer “prestação de serviços, por meio da Polícia Comunitária”.

Ressocialização – Como forma de agregar valor socioeconômico à proposta, Edivaldo Souza explica que a ação também será direcionada à ressocialização de detentas para inseri-las no mercado de trabalho. Conforme o policial, para ser colocada em prática, a medida precisa da autorização da Agepen ( Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de MS). “As detentas geralmente não têm renda, nem profissão, além disso são mães solteiras, então tornam-se muito vulneráveis. Elas terão aulas teóricas e práticas de cinófila, conhecimento básico de cuidados veterinário, comportamento animal e adestramento canino, que serão ministradas por veterinários e zootecnistas”, explicou.

O policial ressalta que, além de serem adestrados para atender as necessidades dos deficientes visuais, os cães também poderão ser treinados para  empurrar cadeira de rodas, abrir portas, pegar e levar objetos, trabalhar com pessoas que têm epilepsia, ou problemas psicológicos e psiquiátricos, e ainda, ajudar nas buscas durante ações de resgates; bem como auxiliar deficientes auditivos avisando-os sobre algo perigo iminente. “O projeto é de cunho social e de saúde publica, além disso tem baixo custo operacional”, informa.

De acordo com Edivaldo Souza, o adestramento de cães geralmente é feito com animais de raça específica para a realização do trabalho de cinoterapia - cão guia, cão de resgate e cão de assistência. “O diferencial desse projeto é que além de poder dá um lar a esses cães abandonados, iremos ajudar pessoas que realmente precisam de atenção especial”, frisa.


A Cinoterapia é um recurso que utiliza cães como coadjuvantes no tratamento de pacientes visando estimular e facilitar a sua reabilitação.

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