O sistema de saúde de Mato Grosso do Sul enfrenta um grande colapso com as altas taxas de ocupação nas quatro macrorregiões que atendem os pacientes de covid-19 e não covid-19. O boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou que Campo Grande está com 113% de ocupação.
De acordo com os números apresentados, pelo menos 76% dos pacientes que ocupam os 346 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) são oriundos da doença do coronavírus. Outros 6% estão com suspeita e o restante, 31%, fica com pacientes não covid.
Na última semana, o secretário de saúde, Geraldo Resende destacou que os hospitais estão tendo que improvisar atendimento nas salas cirúrgicas e enfermarias para atender a demanda na superlotação por conta da pandemia.
O comprometimento no sistema de saúde é visto em Corumbá, região que há vários dias atinge os 100% de ocupação. Contudo, são apenas 24 leitos disponíveis e 67% desses espaços estão sendo ocupados por pessoas infectadas.
Três Lagoas apresenta índices alarmantes, conforme o boletim. É naquela região o maior percentual de pacientes que estão com covid, são 77% ocupando os 60 leitos de UTI disponibilizados, tendo 97% da ocupação global atingida.
Dourados apresenta 94%, mas preocupa por crescer novamente após uma pequena caída nos dados. Porém, o cenário muda e dos 143 leitos, pouco mais da metade estão sendo viabilizados para tratamento de pacientes com o coronavírus.