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Cidades

09/01/2020 10:07

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Sem segurança e itens básicos, agentes protestam durante operação pente-fino na Unei

Em dezembro, 26 internos realizaram rebelião, ameaçaram e agrediram agentes durante fuga; diretor da unidade foi afastado

A Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco passa por uma operação pente-fino, nesta quinta-feira (9), comandada pelo Batalhão de Choque. Agentes socioeducativos aproveitaram a ocasião para reivindicar melhorias na unidade.

No dia 16 de dezembro, 26 internos realizaram uma rebelião, ameaçaram os agentes e fugiram da Unei.

A operação pente-fino visa encontrar cigarros, drogas, bebidas e celulares jogados dentro da unidade, na maioria das vezes por ex-internos, segundo os profissionais.

De acordo com o agente Paulo Henrique Oliveira, o local está abandonado e faltam itens básicos para os profissionais, como papel higiênico, pasta de dente, além das péssimas condições de segurança.

Cerca de 16 agentes chamam a atenção para as ameaças feitas pelos internos. Conforme os profissionais, no último plantão, que teve início às 17h30 de ontem e término às 7h30 de hoje, apenas 7 agentes estavam atuando, para 82 internos.

Como eles não podem usar arma de fogo, devido ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os profissionais falam que se sentem ameaçados, já que são jogadas drogas, celulares e até armas na unidade.

Também nesta quinta-feira, o diretor-adjunto da Unei, Ricardo Lopes foi dispensado. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Higiene precária, falta de materiais e acessibilidade

Ainda conforme os protestantes, no último dia de visitas, uma mãe cadeirante foi impedida de ver o filho por falta de acessibilidade no local. “Ela não conseguiu entrar”, pontuou um deles.

A reclamação se estende aos pais dos internos. “Quando eles chegam aqui, a principal reclamação é com relação à limpeza do local. Teve uma mãe que lavou um banheiro de uma das celas para poder usar”.

A assistente social  Simone Menezes de Faria contou que teve que comprar um telefone e levar o computador de casa para conseguir trabalhar. “Ou era isso, ou não teria como trabalhar”.

Em conversa com a imprensa, os profissionais pontuaram que um advogado já foi consultado e o contato com o Governo do Estado já foi realizado.

Caso não haja uma resposta em uma semana, segundo eles, as atividades serão paralisadas com respaldo judicial.

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