O retorno das aulas presenciais em Mato Grosso do Sul segue sendo discutido pela Comissão Estadual Provisória de Volta às aulas. Nesta quinta-feira (27), uma reunião está prevista.

Entidades defendem o retorno dos alunos as escolas apenas em 2021, como medida de prevenir o avanço do novo coronavírus no Estado.

A ideia é que, mesmo com o retorno, medidas e protocolos de biossegurança defendidos pela OMS sejam cumpridos.

Na rede estadual de ensino, as aulas seguem suspensas até o dia 7 de setembro, contudo, a medida pode ser prorrogada. As atividades presenciais na rede municipal de ensino também estão suspensas.

Em nota, a assessoria da SED (Secretaria do Estado e Educação) informou que, a reunião desta quinta ainda será voltada para algumas apresentações dos membros da comissão e que no momento ainda não está em discussão uma data para o retorno. O objetivo, por enquanto, é o foco no planejamento para a retomada.

Discussões

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul possuem opiniões diversas sobre o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas do estado.

Para o deputado Pedro Kemp (PT), que é professor e já comandou a pasta da educação em MS, a volta às aulas é perigosa no momento.

“Penso que a volta às aulas, por enquanto, não deve ocorrer, uma vez que ainda estamos tendo um crescimento de infectados e óbitos no Estado e, em especial, Campo Grande. Acredito que uma nova avaliação da situação deve ser feita daqui a um mês e, caso haja uma melhora no controle da pandemia, seja feito um retorno gradativo, com medidas de biossegurança muito bem definidas, com estratégia de revezamento das turmas”, explicou.

Já o deputado do PL, João Henrique Catan, é a favor da retomada das aulas presenciais. “Sou a favor da continuidade de todas as atividades, com emprego dos máximos cuidados e regras de biossegurança”.

O deputado Marçal Filho (PSDB) apresentou projeto que pretendia implantar medidas para prevenção da covid-19 aos alunos de MS para retomada das aulas, mas teve a proposta rejeitada pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final). 

O texto previa ações como aferição diária de temperatura dos alunos, professores e demais funcionários e encaminhamento para teste da covid-19 em casos febris. A CCJR declarou que o projeto de lei era inconstitucional.