Internauta de Coxim ficou indignado ao saber que além dos quase R$ 100 mil em recursos utilizados pelo prefeito Edilson Magro para realizar o 1º Encontro Folclórico de Comitivas Pantaneiras, também houve aluguel de caminhonete Hilux e comida pantaneira de graça para os participantes do evento, que iniciou semana passada e vai até 26 de setembro.
Segundo o coxinense que preferiu não se identificar, as tendas do evento continuam instaladas na Praça da antiga Concha acústica de Coxim.
"Cerca de 250 pessoas se fizeram presentes degustando a tradicional matula-pantaneira. Houve viagem ao Pantanal onde três comitivas passaram pelo Parque durante final de semana, sendo a 'Dos Amigos', como anfitriã, e como convidadas a do 'Sertanejo' e a '51', esta última também conhecida como a 'Comitiva do Nenê'."
O site Integração MS, através do jornalista Edson Brandão, afirmou que o primeiro dia a festa não teve público e fez diversas críticas sobre o gasto frente a falta de informações a própria população sobre o intuito do evento. "A Prefeitura de Coxim está pegando carona no evento. Não se sabe se existe alguma contrapartida. O prefeito Magro e o presidente da Câmara estiveram presentes na abertura do evento que foi um verdadeiro fiasco. Não havia público como se pode ver em vídeos e fotos divulgados pelas autoridades".
Prefeitura de Coxim
Em contrapartida, o prefeito de Coxim, que esteve na cerimônia de abertura do evento teria ressaltado o "papel do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul na promoção e difusão da cultura pantaneira regional bem como no incentivo para a retomada do crescimento econômico do estado neste momento pós-pandemia."
Em texto publicado no site de notícias da Prefeitura, é ressaltado que o evento foi financiado com recursos do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul – FIC/MS, através da Fundação de Cultura do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a organização, coordenada pelo artesão e cozinheiro Júlio Pipoca, o evento respeitou seu plano de biossegurança frente à Pandemia COVID-19. O público estimado é de cerca de 3 mil até o fim do evento.
Segundo o elaborador do projeto, o turismólogo Ariel Albrecht, “o fluxo está sendo controlado na praça para que haja uma média diária baixa de pessoas durante as celebrações, favorecendo o monitoramento das atividades, evitando aglomerações e preservando vidas”.
Ainda de acordo com ele, houve a readequação necessária do evento possibilitando, desta forma, a pulverização do público durante todos os dias do evento, evitando aglomerações e também problemas de ordem sanitária. “É para ter pouca gente mesmo...”, explica ele.
