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Cidades

06/10/2021 19:00

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Em MS, 81% das forças de segurança se vacinaram com a 1ª dose contra a covid-19

O Estado está fora dos que não atingiram percentual positivo do grupo prioritário, mas ainda assim, em outras federações, houve procura maior das forças de segurança para vacinar

As forças de segurança e salvamento de Mato Grosso do Sul contabilizam um percentual de 81,8% de vacinados com a primeira dose da vacina contra a covid-19 e um total de 58% vacinados com a segunda dose. Os números estão acima de 11 estados, que não conseguiram alcançar a média de aplicação da primeira dose equivalente à do restante da população.

Conforme levantamento do Metrópoles, MS está na média, já que nessas unidades federativas, a quantidade de policiais civis, militares e bombeiros vacinados com a primeira dose contra a Covid-19 está abaixo de 81%, porcentagem atual da população geral acima de 12 anos que já recebeu ao menos uma aplicação de imunobiológico.

Apesar do resultado positivo, muitos estados ultrapassam a média de MS, como é o caso de São Paulo, governado por João Dória (PSDB), que já vacinou 114,5% do contingente com a primeira dose e 112,6% com a segunda dose.

O Rio Grande do Sul, que tem no comando o governador Eduardo Leite (PSDB), possui 96,2% do grupo vacinado com a primeira dose e 88,8% com a segunda. 

O estado de Goiás, vizinho de MS, tem o percentual de 96,4% das forças de segurança com a primeira dose e 89,8% com a segunda dose.

No Brasil, 76.283 trabalhadores dessas áreas ainda não procuraram os postos de vacinação, segundo os registros até essa segunda-feira (4), o que representa 9,85% do total.

Quantos faltam em MS?

O questionamento sobre o percentual e quantitativo de servidores que faltam se vacinar com a primeira dose em Mato Grosso do Sul foi enviado a Sejusp (Secretaria de Estado, Justiça e Segurança Pública), que respondeu que, somente a SAS (Secretaria de Estado de Assistência Social) é ligada diretamente a instituição. Pelo MS, são 349 servidores sendo que 65 deles já estão imunizados com dose única ou com a segunda dose da vacina e três com a dose extra. O restante aguarda data da segunda dose e somente 7 pessoas não tomaram a vacina contra a covid-19.

A mesma indagação foi encaminhada a Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros e assim que haver resposta, será inserida no texto. 

Estados com menor índice

Apesar de fazer parte do grupo prioritário um percentual significativo das forças de segurança e salvamento não quiseram se vacinar. Segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e planos estaduais de imunização, a estimativa é que existam 773.896 membros da categoria no Brasil. 

No último lugar da lista, o Maranhão tem apenas 45% dos membros de segurança e salvamento vacinados. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, somente 10.230 dos 22.723 integrantes buscaram a imunização contra a doença.

No Acre, na Paraíba e no Paraná, um pouco mais da metade dos empregados nas duas áreas procurou os postos de vacinação, com 51,7%, 53,2% e 53,1% de membros que tomaram ao menos uma dose, respectivamente. No Paraná, 11.753 PMs ainda precisam ser imunizados. O estado, que contabiliza a Polícia Militar separadamente dos demais grupos, conta com um efetivo de 25.073 policiais.

Amapá (66,2%), Santa Catarina (68,9%), Piauí (79,7%), Rondônia (74,3%), Tocantins (73,2%), Roraima (73,6%) e Rio de Janeiro (72,2%) também compõem a lista das unidades federativas que ficam abaixo da média nacional de vacinação.

Negacionistas

Segundo divulgado pelo Metrópoles, o doutor em administração pública e governo (EAESP/FGV) e associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Alan Fernandes, diz que os dados obtidos revelam a realidade dos quartéis brasileiros, em grande parte influenciados pelo negacionismo contra a vacina e ciência, e aliados à ideologia do presidente da República, Jair Bolsonaro.

“As informações vindas do governo federal são muito consumidas por esse público. E temos o maior líder político do país com esse discurso. Então para eles não é fake news, isso é verdade”, explica o especialista.

Para Fernandes, entretanto, também faltaram medidas estaduais para conter a baixa adesão, como a obrigatoriedade imposta em alguns locais no país. “A questão pública de saúde é maior que a questão individual. E se você não consegue fazer uma gestão sobre essa população, que está no funcionalismo público, me preocupa esse cenário na população em geral”, diz Alan Fernandes.

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