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HU está em processo para garantir cirurgia de mudança de sexo em MS

Não existe prazo para que o Ministério da Saúde se pronuncie; pedido foi protocolado em agosto

22 setembro 2018 - 11h30Por Dany Nascimento

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian solicitou a habitação do processo Transexualizador - Modalidade Ambulatorial e, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso do Sul, aguarda um parecer do Ministério da Saúde para dar início aos procedimentos na Capital.

“A HUMAP solicitou a Habilitação do Processo Transexualizador - Modalidade Ambulatorial n, de acordo com os critérios da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde - ANEXO XXI Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Foi Homologado pela Secretaria estadual em agosto e aguarda o parecer do Ministério da Saúde”, explica assessoria de imprensa do governo do Estado.

De acordo com a secretaria, não existe um prazo para que o Ministério da Saúde se pronuncie sobre o assunto. O procedimento ambulatorial é realizado para antecipar os procedimentos cirúrgicos de redesignação sexual, popularmente conhecido como ‘mudança de sexo’. 

CRS (Cirurgia de Redesignação Sexual)

A cirurgia de redesignação sexual (CRS) é o procedimento cirúrgico pelo qual as características sexuais/genitais de nascença de um indivíduo são mudadas para aquelas socialmente associadas ao gênero que ele se reconhece. É parte, ou não, da transição física de transexuais e transgêneros.

Para as mulheres trans (MtF — Male to Female em inglês), a cirurgia de redesignação sexual envolve essencialmente a reconstrução dos genitais (embora outros procedimentos possam ocorrer; em muitos casos, algumas mulheres decidem não se submeter à cirurgia de redesignação genital), enquanto que nos homens trans (FtM — Female to Male em inglês), ela compreende um conjunto de cirurgias, incluindo remoção dos seios, reconstrução dos genitais e lipoaspiração.

A retirada dos seios é frequentemente o único procedimento a que eles se submetem, além da histerectomia, principalmente porque as técnicas atuais de reconstrução genital para homens trans ainda não criam genitais com uma qualidade estética e funcional satisfatória. Muitos optam por fazer uma faloplastia (ou mais precisamente uma metoidioplastia) com médicos renomados do exterior. Para mulheres trans, a cirurgia de feminilização facial e o aumento de seios são passos do processo de redesignação sexual.

Durante a construção da neovagina, em algumas técnicas cirúrgicas de redesignação sexual em mulheres trans, a glândula bulbouretral, bem como a próstata, são mantidas para possibilitar que a neovagina tenha alguma lubrificação natural.