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Cidades

13/02/2014 07:00

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Moradores do Jardim Los Angeles lutam por acessibilidade e infraestrutura na região

Regiões de Campo Grande

  • Presidente da Associação de Moradores, Maria Diva
Foto: Geovanni Gomes
  • Presidente da Associação de Moradores, Maria Diva
Foto: Geovanni Gomes
  • Presidente da Associação de Moradores, Maria Diva
Foto: Geovanni Gomes

 

Com quase meio século de existência e uma população de aproximadamente oito mil moradores, o bairro Los Angeles, na região do Anhanduizinho enfrenta problemas comuns à maioria das comunidades mais distantes do centro da Capital.

 

Falta de infraestrutura, pavimentação, equipamentos públicos são as principais necessidades da comunidade. Ainda assim, a região apresenta uma particularidade que pode auxiliar no progresso de expansão que é um súbito adensamento populacional, decorrente do alto número de residências em construção e disponibilizadas para venda ou locação.

 

A presidente da Associação de Moradores do Jardim Los Angeles, Maria Diva da Silva, assistente social e agente comunitária há 15 anos explica no entanto, que o aumento de casas construídas é inversamente proporcional as necessidades básicas dos moradores. “Fizemos um levantamento que confirmou a construção de seis casas a cada semana no bairro. São unidades habitacionais populares que podem ser adquiridas pelo projeto Minha Casa, Minha Vida. Porém, é preciso que o poder público avalie que ainda precisamos de muitas melhorias para que as famílias que mudam para cá possam viver com dignidade”, ressaltou.

 

Diva relata que entre as reivindicações da comunidade estão: construção de pelo menos mais uma escola, um Centro de Educação Infantil (Ceinf), áreas de lazer, arborização do bairro e pavimentação e iluminação pública. “Temos um problema grave aqui que é a falta de asfaltamento no entorno da UBSF Sebastião Luiz Nogueira. Temos uma população expressiva de idosos e cadeirantes que sofrem muito para ter acessibilidade ao atendimento médico e odontológico. Já enviamos vários ofícios à Prefeitura e recentemente um vereador também formalizou uma indicação para nos auxiliar, mas até agora nada”, desabafou.

 

Projetos sociais – A agente comunitária revelou ainda que vem lutando há bastante tempo pela reforma e ampliação da associação de moradores. Segundo ela, a benfeitoria proporcionará a execução de vários projetos que irão auxiliar a comunidade e evitar muitos problemas sociais que são uma triste realidade na periferia.

 

“Temos três projetos muito abrangentes aqui, como o ‘Mãos que criam’ que apoia as mães artesãs da comunidade a comercializarem sua produção. Para as crianças e adolescentes temos o ‘Braços Abertos’ que propõe espaço para brinquedoteca, atividades lúdicas e pedagócias e o ‘Cultura Los Angeles’ que visa promover os artistas da região, oferencendo um espaço para que mostrem seu trabalho e consigam maior visibilidade profissional”, detalhou Diva.

 

Apesar dos projetos serem todos registrados e justificados não encontram apoio, nem do poder público e nem da iniciativa privada. “Apesar das promessas e negativas não desanimo. Vivo pela minha comunidade e continuarei a batalhar para conseguirmos uma resposta. Atualmente nós mantemos a associação com pequenas promoções que realizamos mensalmente, a fim de arrecadar recursos mínimos”.

 

Pioneirismo – A segunda moradora do Jardim Los Angeles vive no local até hoje e é exemplo de luta pela comunidade. Trata-se da servidora municipal aposentada, Maria da Conceição França que mora há 48 anos no bairro. “Quando cheguei aqui, não tinha nada, nada mesmo. Quando precisávamos ir ao centro, tinhamos que descer do ônibus na BR e caminhar no meio do mato e da escuridão. Nosso bairro cresceu bastante, mas vejo muitas necessidades que ainda precisam ser atendidas”, analisou a moradora que sempre trabalhou como merendeira na escola da região.

 

Maria da Conceição contou que o que mais desanima é a falta de asfaltamento e o cascalho irregular das ruas. “Quando escurece fica quase impossível andar nas ruas, pois, são mal iluminadas e a gente pode cair a qualquer momento. Muitas pessoas se machucam andando a pé ou mesmo de moto e bicicleta. Por isso continuamos trabalhando para ver se a situação muda”, acrescentou a moradora que é secretária da associação de moradores.

 

Programação municipal – Diva revelou que a Prefeitura Municipal se comprometeu com a comunidade em trazer algumas benfeitorias a partir deste ano. Entre elas estão a construção de uma academia ao ar livre (Poli Saúde), a arborização de várias ruas do bairro e o Polo de Saúde dos Los Angeles, que vai oferecer atendimento psicológico, nutricional, de assistência social e educação física para adolescentes e jovens. “De acordo com a Sesau, o bairro foi escolhido por ser  categorizado como de alta vulnerabilidade para os jovens. Temos muitos casos de famílias que sofrem com usuários de drogas e o projeto irá oferecer uma chance a esta população que tanto necessita de orientação e cuidado”, argumentou a líder comunitária.

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