O contador Douglas Marques de Lima, 31 anos, acabou desistindo de atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, em Campo Grande, após esperar mais de 3 horas na unidade, na noite de ontem (24). 

“Fui embora sem atendimento médico, pois não aguentei mais esperar, pelo horário e desconforto, precisava trabalhar hoje”. 

Ao TopMídiaNews, ele contou que chegou na unidade por volta das 22h30. Passou pela triagem e ficou aguardando. 

O contador revela que foi ao local, pois estava com muita dor de garganta, coriza e aftas pela boca.

A pressão estava 15-10, mesmo ele não tendo histórico de hipertensão. “Acredito que pelo nervoso”, disse.

Segundo ele, outras pessoas também estavam esperando e o intervalo de chamada entre um paciente e outro estava em torno de 1h30. 

“Uma médica, por volta de 0h30, começou a dar enxugada neste pessoal, aí chamou mais de um, passaram alguns na frente. Entendo que tem a questão de classificação, mas acabei desistindo do atendimento”, finaliza. 

Questionamento foi enviado à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que informou que o atendimento nas unidades de urgência e emergência, ou seja, nas UPAs e CRSs do município, é feito através de classificação risco e não por ordem de chegada, sendo priorizados pacientes em situações mais graves. 

Assim, para pacientes classificados como azul e verde, ou seja, quando o caso é de menor gravidade, o tempo protocolar de espera é de até 4 horas. 

“É importante ressaltar ainda que a Prefeitura mantém as escalas das unidades de saúde completas visando dar uma melhor assistência à população. Somente no último ano foram convocados mais de 700 profissionais, entre médicos, enfermeiros, odontólogos, administrativos e outros, aprovados em concurso”. 

Além disso, a nota destacou que a Prefeitura mantém aberto de forma permanente o cadastro temporário de médicos. 

Nesta quarta-feira, foram chamados 32 médicos para reforçar o atendimento nas unidades de saúde de Campo Grande.