Manoel Junior Victorette do Vale de Almeida e a mãe, Dilcéia Victorette do Vale, presos em 24 de fevereiro, foram soltos, nesta segunda-feira (28), em Mato Grosso do Sul. Eles são suspeitos de integraram quadrilha que clonava veículos, inclusive do Exército Brasileiro.
Segundo o advogado Pedro Paulo Sterb, no dia da deflagração da Operação Fiat Lux, mãe e filho tiveram prisão temporária decretada pela Justiça Federal do DF. Ele destaca que os dois colaboraram com as investigações e, assim que o prazo de cinco dias da prisão temporária venceu, foram postos em liberdade.
Sterb diz que os dois são inocentes e que tem farto material documental que vai comprovar que nenhum deles tinha envolvimento no esquema apontado pela Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.
O advogado destacou que, Manoel Júnior, que é empresário e piloto automobilístico, se apresentou espontaneamente, na Polícia Federal de Corumbá, no dia que as polícias deflagraram a operação.
‘’Ele sempre colaborou e sempre vai colaborar para que a verdade apareça’’, garantiu Pedro Paulo. O defensor detalhou que mãe e filho têm diversos negócios e que teriam feito negociações de veículos que foram alvo da investigação.
‘’Eles não têm envolvimento com aquilo que está na investigação. As autoridades não pediram a revogação dessa prisão’’, informou Pedro Paulo Sterb.
Fiat Lux
A operação da PF e PRF foi deflagrada no dia 24 de fevereiro e apura crimes contra o sistema veicular nacional. A força-tarefa identificou cerca 10 mil adulterações em veículos. Desse total, mais de 3.300 fraudes ocorreram em viaturas do Exército Brasileiro.
A investigação começou com a descoberta de clonagem de veículos do Exército e depois se expandiu. Os números dos chassis eram utilizados ilegalmente, com objetivo de obter documentos legítimos, de forma a tentar legalizar veículos oriundos de roubo ou furto.
A investigação apontou que as clonagens dos chassis do Exército só foram possíveis porque contaram com a participação de servidores do Detran e de despachantes.
A ação da polícia ocorreu em 11 estados, sendo um Mato Grosso do Sul. Os alvos dos mandados de busca e apreensão e prisão foram servidores do Detran e despachantes.