Sem os reagentes necessários, o Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Campo Grande, o principal de Mato Grosso do Sul, segue sem conseguir realizar exames de DNA, entre outros. Com isso, a Polícia Civil enfrenta ainda mais problemas para comprovar a materialidade de uma série de crimes, como estupros.
A situação é de conhecimento da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), que tenta solucionar a falta do produto. “Houve um atraso no processo e uma parte do reagente que foi pedido, por meio de importação, veio com validade muito curta para usar”, comentou Silvio Maluf, chefe da pasta, na manhã desta quinta-feira (2), durante evento na Capital.
Segundo Maluf, o custo do produto é elevado. “Esse reagente é caríssimo, tinha vindo um lote com prazo curto de utilização. Esse lote foi devolvido. A administração já está cuidando da importação e está na alfandega", explicou.
O secretário ainda comentou que tentou fazer uma permuta com outro Imol, mas não contavam com a demora na importação.
Sobre a estrutura do local, ele disse que os órgãos de perícia serão reorganizados e uma comissão vai ser criada para discutir uma reformulação do Imol.
Denúncia
A aquisição do material foi cobrada pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT). De acordo com levantamento divulgado na tribuna, de janeiro a abril foram registrados, só em Campo Grande, 111 casos de estupro. Destes, apenas 5 tiveram mandados de prisão cumpridos. Com a falta do produto muitos casos ficam impunes e acusados são liberados pela Justiça.
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