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Cidades

12/02/2014 18:35

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Sem interesse, empresas rejeitam construir ciclovia na Guaicurus

Ciclovia Guaicurus

12/02/2014 às 18:35 |

Carlos Guessy

Até agora, nenhuma das empresas se interessou em assumir o projeto urbanístico da via que prevê a construção de uma ciclovia de oito quilômetros. Foto: Geovanni Gomes

Até agora, nenhuma das empresas se interessou em assumir o projeto urbanístico da via que prevê a construção de uma ciclovia de oito quilômetros. Foto: Geovanni Gomes

Duas empresas apresentaram as menores propostas para executar três lotes de obras de pavimentação da avenida Guaicurus na manhã de ontem (11), na Central de Compras de Licitações da prefeitura Municipal de Campo Grande. O que chamou a atenção foi que nenhuma das empresas se interessou em assumir o projeto urbanístico da via que prevê a construção de uma ciclovia de oito quilômetros.


Ciclistas consideraram a criação de uma faixa exclusiva para circulação das bicicletas para poder transitar com a máxima segurança pela via e os empresários responsáveis pelas obras, temem por alterações no projeto.


 

Para o ciclista Leandro dos Santos, 33 anos, é de máxima importância a construção da ciclovia para tentar derrubar os números dos acidentes em atropelamentos na via. "Eu passo todos os dias de bicicleta aqui, hoje estou de folga e estou indo pagar as contas no mercado, resolvi andar um pouco", revelou. Leandro disse que já presenciou atropelamentos praticamente ao seu lado, "Toda semana tem dois ou mais 'bicicleteiros' atropelados por caminhão, carros grandes e até ônibus. Tem que construir rápido essa ciclovia na Guaicurus", pediu o ciclista.


 

Uma das empresas que apresentaram o projeto no âmbito da drenagem e pavimentação dos dois lotes da avenida Guaicurus, que corresponde o rodoanel viário até o Museu José Antônio Pereira, foi a empresa Selco Engenharia, com uma proposta de R4 8,6 milhões de reais.


O teto estabelecido pelo município era de R4 10,4 milhões. Outra empresa que se ofereceu para tocar em frente o lote 3, correspondendo o trecho da avenida entre o museu e avenida Evelina Selingardi, com a proposta em R$ 1,03 milhão.


A construção da ciclovia compreende em toda a extensão da avenida Guaicurus e inclusive a jardinagem,para esse lote não teve nenhum candidato que se interessassem pelo projeto.


Maycon Claro, representante executivo da Selco Engenharia, disse estar preocupado com o fato de nenhuma empresa querer construir a ciclovia. "O edital tem vários erros. Se a ciclovia for construída, ela terá de desviar das torres de energia que cortam de ponta a ponta a avenida, com isso a faixa irá invadir a pista de rolagem. Se não definir alguma empresa logo, podem querer fazer esse trabalho depois de ter terminado a pavimentação, destruindo todo o trabalho já feito, causando mais demora e prejuízos a todos", comentou Maycon.


Para o ciclista José Lemos, 46 anos, pedreiro o que importa é a instalação de quebra-molas e radares nos dois sentidos da via. "Tem partes da Guaicurus que é descida e todo mundo pega no embalo, o certo é colocar quebra-molas, radares e sinais nas esquinas de movimento. Tem caminhão que passa voando e só o vento quase derruba quando passamos pelo lado", criticou o pedreiro.


 

No momento em que a equipe de reportagem esteve colhendo informações com os ciclistas, flagramos um ciclista totalmente embriagado, com um corote quase pelo fim em uma das mãos e empurrava o seu veículo de transporte, a bicicleta, detalhe pela contra-mão dos carros que passavam em alta velocidade. Tentamos falar com o ciclista, porém devido ao estado de embriaguez, o homem não falava coisa com coisa e cambaleava muito, até quando conseguiu atravessar com segurança e sentar em uma esquina da Guaicurus.

 

Um ciclista confessou que as vezes por segurança trafega com sua bicicleta pelas calçadas para desviar dos carros. "Eu até prefiro andar pela calçada. Sei que estou errado, mas eu prefiro cuidar da minha vida e andar devagar pela calçada, nunca atropelei pedestres, eu ando devagar e desviando de todo mundo. Aqui eu não corro risco de morte pelo menos", confessa o encarregado de máquinas, Pedro Felipe de Assis, 28 anos.


 

Vias de Fato

A comissão de licitação irá analisar os preços propostos pela Selco Engenharia e pela Marcos Arnaldo esta semana. Na segunda-feira (17), está previsto a homologação das empresas responsáveis pelas obras. O município estuda alternativas para atrair empresas interessadas em se responsabilizar pelo lote quatro.

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