Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Mato Grosso Sul, reunidos em assembleia nesta quinta, 8 de setembro, rejeitaram por unanimidade a proposta de empresa de reajuste salarial de 6,74% e diminuição dos benefícios. Deliberaram, também por unanimidade, pelo indicativo de greve a partir do dia 14.
O diretor de do Sintect-MS , Wilton dos Santos Lopes, fez uma explanação sobre os principais assuntos tratados nas negociações. Destacou a intransigência do novo presidente da empresa e apontou os principais retrocessos contidos na proposta da ECT que, além de impor arrocho salarial, ataca os benefícios vale-alimentação, auxílio-creche e extingue o vale-peru (talão extra do vale-alimentação de dezembro) e também o vale-cultura. Wilton mostrou a contradição da empresa quando afirma não ter recursos, mas aumenta o salário do presidente, cria cargos com altos salários no Postal Saúde e tem gastos enormes com patrocínios.
A presidente do Sintect-MS, Elaine Oliveira, também defendeu a rejeição da proposta e o indicativo de greve afirmando que está sendo unânime a rejeição da proposta nos estados. “Ainda teremos alguma negociação até o dia 14. Mas se continuar com essa proposta a greve vai acontecer em nível nacional.”
A próxima assembleia acontecerá no dia 14, no sindicato da construção civil, na rua Maracaju.