O pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Júlio Croda, disse queos resultados dos estudos de eficácia da vacina de Oxford podem ajudar o Brasil a pensar em um imunizante contra a covid-19, especialmente para os idosos, que estão no grupo de risco da doença.
Ontem, foi divulgado que o imunizante demonstrou uma resposta imunológica positiva entre idosos.
A vacina de Oxford é desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
No Brasil, ela tem os estudos de eficácia coordenados pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e será produzida pela Fiocruz se aprovada. Ao lado da vacina de Oxford, a CoronaVac, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é a outra vacina contra a covid-19 que deve ser distribuída pelo Ministério da Saúde.
"Se uma dessas vacinas for mais importante nos idosos e mostrar uma proteção maior, pode ser feita uma escolha, se o Brasil tiver essa opção, é importante", disse Croda em entrevista à CNN Brasil.
O pesquisador comentava sobre um possível cenário de "registro emergencial" das vacinas por parte da Anvisa. Como a CoronaVac também vem tendo resultados promissores nos estudos, a vacina de Oxford poderia ser aplicada em idosos, enquanto o imunizante do Butantan seria destinado a adultos e jovens.