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Economia

18/01/2020 09:32

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Agrônomo reproduz água do mar para cultivar camarões em Dourados

MS terá o produto fresquinho e de produção regional em breve

Em um futuro bem próximo, os consumidores douradenses e de várias regiões do Estado terão condições de comprar camarão fresquinho cultivado aqui mesmo, na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. O projeto experimental, idealizado pelo agrônomo Maurício Xavier Curi, prevê uma nova cadeia de produção para a economia sul-mato-grossense nos próximos anos.

Aos fundos de um antigo pesqueiro localizado na região do Portal de Dourados, o produtor montou uma estrutura com dois tanques contendo 20 mil litros de água cada. Alí o douradense conseguiu reproduzir as mesmas condições químicas presentes na água do mar. 

Em entrevista ao Dourados News, ele explicou que para reproduzir o ambiente natural de criação do camarão, foi preciso aplicar 500 quilos de sal, além de outras substâncias que garantem o balanço químico responsável pelo equilíbrio iônico da água. 

Nesses tanques foram colocados 150 mil larvas. 

No primeiro espaço, montado há 30 dias, os filhotes já são facilmente vistos a olho nu. Lá estão 30 mil unidades de camarão em cultivo. No outro tanque, foram colocados 120 mil embriões da espécie. Esses chegaram na terça-feira passada (7) e ainda estão com tamanho quase que invisível para ótica natural. 

Maurício conta que a ideia surgiu entre cinco piscicultores, que o procuraram para avaliar a proposta tendo como referência a iniciativa em outros estados. Ele, que já atua no cultivo de peixes há anos e possui formação técnica para elaboração e execução do projeto, assumiu a responsabilidade de produzir as larvas e distribuí-las posteriormente em condições de criação avançada. 

“Esse processo inicial demanda uma estrutura técnica muito exigente. Garantir a sobrevivência dessas larvas não é simples e a tecnologia que estamos usando é extremamente inovadora no interior do Brasil. Daqui essas larvas vão para os produtores já em estágio avançado para criação até as etapas de venda”, conta.

Ao todo já foram investidos R$ 150 mil na estrutura do ‘berçário’ e ainda há muito o que se fazer. Na primeira fase do investimento experimental, a taxa de sobrevivência das larvas foi de 50%. Já no segundo, dos 120 mil embriões, a expectativa é de que sobrevivam 90%. 

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