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Economia

11/07/2017 07:00

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Alvo de denúncias de corrupção, bancos fazem a festa com juros abusivos em MS

Tarifas podem variar até 444% entre um banco e outro; instituições também são campeãs de reclamações

Alvo de denúncias de corrupção, os bancos aumentaram as tarifas de pacotes padronizados, no mínimo, o dobro do índice da inflação, calculado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). Além disso, conforme pesquisa do Procon/SP (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), as tarifas de serviços prioritários podem variar em até 444%.

Dos seis principais bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal e Safra), a Caixa foi a que realizou maior reajuste nas tarifas, com diferença de até 126,67% em comparação com os preços praticados no ano passado. No total, 28 tarifas do banco sofreram reajuste.

Depois da Caixa, o Branco do Brasil foi o que apresentou maior reajuste dos demais bancos, de até 100% em 31 tarifas diferentes. Somente oito tarifas do banco não apresentaram reajuste de valores. O Itaú foi o banco que apresentou menor reajuste, de no máximo 10%, em 26 tarifas diferentes.

A diferença entre as tarifas também é gritantes. Por exemplo, o pagamento de contas através do cartão de crédito, que no Banco do Brasil custa R$ 4,50, pode chegar a R$ 24,50 no Santander. Clientes dos pacotes mais baratos foram os que mais sofreram, com aumento médio de R$ 35,76 por mês.

A lista de taxas cobradas é imensa e, como mostrado acima, com variações gigantescas. Quem quiser comparar os valores cobrados clique aqui e boa sorte!

De acordo com o site Valor Econômico, o pacote padronizado II, que subiu mais, chegou ao valor mensal médio de R$ 18,54. O padronizado I, o mais barato, foi a R$ 11,84, e o III, para R$ 24,13. E a crise não explica os reajustes já que no primeiro trimestre de 2017, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander acumularam ganhos de mais de R$ 17 bilhões, elevação de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Campeões de reclamações

Em Mato Grosso do Sul, os bancos também são campeões de reclamações. Os problemas vão de cobranças indevidas, juros abusivos consumidor negativado indevidamente até situações mais simples, com excesso de filas e descumprimento da lei estadual que prevê tempo máximo de espera por atendimento de 15 minutos em dias normais.

Entre os mais famosos, o campeão é o Banco BMG SA, com 126 reclamações. As denúncias envolvem antecipação de financiamento; problemas na autorização de faturamento ou entrega da carta de crédito; erro no cálculo de antecipação de prestação e de prestação em atraso, da taxa de juros; cobrança indevida; cobrança vexatória ou difamatória; descumprimento de contrato; envio de produto ou serviço sem prévia solicitação.

Em segundo lugar no ranking, o Banco Bradesco, incluindo serviços Bradescard, financiamentos e seguros em geral, como seguro para automóveis e previdência privada, somou 110 reclamações. Entre as principais denúncias, clientes reclamam de serem negativados indevidamente; não comunicação de negativação; problemas na resolução de demandas como ausência de resposta, excesso de prazo, não suspensão imediata da cobrança e outros.

Ainda, é grande o número de reclamações de venda enganosa; não fornecimento de planilha de cálculo; discordância quanto às avarias (no caso de seguros); falha bancária, com erros em cheques, ordem de pagamento, etc.; falha bancária em transações eletrônicas, com transferências e saques indevidos; filas em bancos e não entrega de produtos como títulos de capitalização e compra programada.

Na Caixa econômica Federal, os consumidores reclamam especialmente da não execução de obras de infraestrutura e benfeitorias; publicidade abusiva e/ou enganosa; e mau atendimento de SAC. Foram relatadas 64 reclamações, com problemas para cancelamento de serviço com retenção, demora ou não envio do comprovante; atendentes despreparados, problemas com a transferência da chamada, veiculação de mensagem publicitária, entre outras.

No período, os consumidores registraram 48 reclamações contra o Banco Santander e 46 contra o Banco Panamericano AS, o mesmo número de denúncias contra o Itaú e o Itaú BMG somadas, já que pertencem ao mesmo grupo. Um dos mais antigos, o Banco do Brasil recebeu 41 denúncias, principalmente envolvendo filas nas várias unidades da instituição bancária em Mato Grosso do Sul.

Entre os menos conhecidos, surpreende a quantidade de reclamações envolvendo a Avista S/A Administradora de Cartões de Crédito, 30 no total. Na sequência aparece o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (14); o banco CSF S/A (11); o banco Safra S A (8); e os bancos BV Financeira, Daycoval, Honda S/A, Intermedium, e Triângulo S/A com seis denúncias cada; o banco Industrial e Comercial com cinco reclamações e o Aymore Crédito, Financiamento e Investimento S.A. com quatro.

Os bancos e financeiras BGN S/A, Bonsucesso, CBSS S.A., Citibank S A, Citicard S.A, Fibra As, Gmac S.A, Rural S A, Toyota Do Brasil S.A, Volkswagen S/A, BCV - Banco de Crédito e Varejo S/A e Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Integrantes das Carreiras Jurídicas Do Estado De Mato Grosso do Sul, e Sicredi receberam menos de três reclamações cada.

Denúncias de corrupção

Campeões de reclamações, os bancos também entraram na mira das delações premiadas. Conforme a Folha de S. Paulo, durante negociação de um acordo de colaboração, o ex-ministro Antonio Palocci sustenta que seu sucessor na Fazenda, Guido Mantega, montou uma espécie de central de venda de informações para o setor financeiro durante os governos petistas.

Segundo o jornal, Palocci acusa Mantega de antecipar dados a respeito de juros e edição de medidas provisórias que eram de interesse de bancos, em troca de apoio ao PT. Com informações privilegiadas, os agentes do sistema financeiro podiam se proteger e até lucrar diante de mudanças que afetariam o setor.

Até o momento, não foram citados nomes de instituições financeiras que supostamente participaram do esquema. O ex-ministro Mantega nega as acusações e destaca que assumiu posições que desagradaram os bancários, inclusive sendo “demonizado” pelo setor, como o aumento de 9% para 15% sobre a alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido devida por instituições financeiras.

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