Fotos da galeria: Marcos Maluf
Pode até parecer cisma, mas a ‘desgeografia’ para nós é uma constante. Mato Grosso do Sul (MS), já está no imaginário de boa parte da população brasileira como um estado pertencente a outros territórios. O mais comum é confundi-lo com Mato Grosso (MT), equívoco este um tanto quanto compreensível, afinal nasceram da mesma placenta, como siameses e depois de separados, há quase meio século, o mais jovem ainda carrega no próprio nome as digitais de seu irmão mais velho.
Para os mais puristas, o deslise é uma afronta e motivo de levante contra quem desconheça não só a história do ‘novo’ estado, mas as distâncias, físicas e culturais, que os separam. Por inúmeras vezes o imbróglio chegou a virar pauta de discussão nas casas legislativas locais, onde parlamentares aventavam a troca do atual nome para Estado do Pantanal, porém sem sucesso.
A confusão entre os entes federativos é muitas vezes constrangedora para quem ‘escorrega’ e também bastante democrática, vai desde pessoas comuns que vistam o estado, artistas mundialmente reconhecidos, a ministros de estado.
O fato é que, seja onde e com quem for, quando ‘provocado’, o sul-mato-grossense destila seu bairrismo e trata de corrigir a rota imediatamente. Diante do erro, não hesita em explicar e, ao replicar, manda logo em caixa alta, um estridente ‘DO SUL’, expressão corriqueiramente utilizada para alertar aos desorientados para que se situem no mapa.
Porém, superadas as diferenças, a reaproximação é afetuosa e cordial. Normalmente o bom anfitrião segue os ritos protocolares e agracia os ‘perdidos’ com dicas de passeios ou algum tipo de lembrança regional. E, é aqui que mora o ponto alto dessa relação, pois geralmente os mimos estão relacionados às belezas naturais destacando a fauna e flora presentes ou souvenirs que remetem aos costumes de mulheres e homens nativos.
Mas, a grande questão é: quais símbolos e valores realmente representam a identidade desse estado, relativamente recente, formado por migrantes, tanto internos quanto internacionais? A resposta não é simples e provavelmente quem retorna para casa depois de tantas influências não se lembrará do sonoro DO SUL, mas sim, dos gestos de cortesia, dos cheiros, lugares, dos sabores e, acima de tudo, dos saberes incutidos nas tradições e modos de vida dos povos que por aqui passaram ou que ainda habitam essa região.
E foi em busca dessas referências que nos desafiamos a mostrar, ao menos uma faceta, a quantas andam essas produções tradicionais e por quem são mantidas. Mas, antes de iniciarmos nossa expedição, vai aqui uma dica georreferenciada: Mato Grosso do Sul faz fronteira com os estados brasileiros de Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, além de Paraguai e Bolívia. E dessa vez não há pretensão de apontar as coordenadas, mas de apresentar as possíveis fontes que originam as produções e manifestações artísticas.
Nesta empreitada, conversamos tanto com quem detém o conhecimento dos fazeres tradicionais, bem como os que absorveram todo aprendizado transmitido por mestres e anciãos guardiões dessas técnicas milenares.
Vida de seleiro: quebrando estereótipos, projetando o futuro
Em busca de referências sobre profissionais que ainda estão em atividade nos deslocamos à Esplanada Ferroviária – antiga estação férrea -, região central de Campo Grande, que já foi, além de entreposto de mercadorias, um reduto de selarias tradicionais da capital. Ali, nos deparamos com o cenário de abandono e a única porta que depositávamos esperança em encontrar um experiente artesão, que confeccionasse as conhecidas traias pantaneiras, estava fechada. Talvez aquele ponto seja um dos últimos ecos que ainda produza ressonância ao modo antigo de vida de uma das capitais brasileiras que até bem pouco tempo se orgulhava de ser do tipo interiorana. É nesta mesma redondeza em que fazendeiros se deslocavam de suas propriedades do interior para ‘cidade’ para fazer a compra do mês e visitar os ‘bulixos’, onde eram comercializados acessórios em couro, na qual eram utilizados pelos peões durante a árdua lida diária.
Atualmente, dá para contar nos dedos de uma só mão a quantidade de artesãos que mantém o método manual de fabricação dos petrechos. A maioria dos seleiros ‘antigos’ que ainda estão vivos já se aposentou ou trocou de atividade, já dos que continuam ativos, muitos trabalham para terceiros ou fazem pequenos serviços que demandem menos esforço físico. Isso não quer dizer que menosprezem o ofício milenar, muito pelo contrário, são eles os responsáveis por transmitir todo o conhecimento aos mais jovens.
É caso dos irmãos Gilberto de Araújo, 68, (o Giba), e Gildo de Araújo, 65, que fazem parte de uma família de artesãos seleiros. Aprenderam desde cedo, com o avô materno, as artimanhas da atividade de onde tiraram o sustento da vida toda. No passado a maior parte desse processo ocorria no ambiente do campo e logo na infância, quando os pequenos começam acompanhar os mais velhos na lida e na confecção de alguns utensílios de uso pessoal como uma trança de couro cru, por exemplo.
Três gerações trabalhando e ressignificando a modelagem do couro. foto: Marcos Maluf
Hoje, depois de décadas de profissão e com as mãos já calejadas do instrumento de furo no couro, nas lembranças de Giba, vem à tona a presença de outra criança: o sobrinho Pedrinho. Filho de uma de suas irmãs, Pedro de Araújo Barbosa, logo aos 11 anos de idade já despertava interesse pela selaria e conquistou a confiança do tio, que o encaminhou na profissão.
“Ele aprendeu direitinho, tanto que me passou e ainda evolui, pois soube usar as ferramentas mais modernas”, elogiou.
Realmente o menino cresceu, hoje está com 37 anos, mas ainda gosta de ser chamado do jeito intimista, inclusive, incorporando o ofício ao nome profissional: Pedrinho Arte em Couro.
E a evolução desse artista sul-mato-grossense não foi apenas nos negócios, mas também no modo de apresentar ao mundo o novo perfil do seleiro sul-mato-grossense. Sem deixar de lado os costumes locais, como a garrafa térmica de cinco litros à tira colo para o refrescante tereré, ele nos recebe em seu local de trabalho, localizado no bairro São Francisco, na capital. Na verdade, mais parece com um moderno ateliê que nada lembra àquelas oficinas do passado cheias de retalhos de couro espalhados pelo balcão.
Pedro seguiu os costumes e a cultura sem deixar de lado o gosto por tatuagens. foto: Marcos Maluf
O seleiro não esconde que é um representante do movimento underground, mas que nunca negará suas raízes sertanejas de um guri que cresceu solto no mato. Com boné de skatista e tatuagens gravadas pelo corpo, como o desenho realista de uma coruja buraqueira no pescoço, ele nos apresenta o espaço. É ambiente clean, como maquinários atuais cheios de tecnologias embarcadas e que imprimem a laser diretamente na pele de boi tratada mecanicamente, processo em que era feito à mão em tempos remotos. As características dos produtos também são outras e ganham o toque de exclusividade, chegando a surpreender até o artista pelo fator inusitado de algumas encomendas como quando recebeu a incumbência de fazer uma caixa protetora para um microscópio.
O que antes era abrigava itens rústicos hoje serve para guardar microscópios - reprodução: redes sociais
Ao adentrar à loja, o que nos chama atenção, além de um novo formato de layout para uma selaria, são os elementos dispostos pelo local como um quadro de ferramentas que sustenta um instrumento com mais de 100 anos, feito de chifre de veado, herdado do bisavô materno representado em uma das paredes laterais por uma fotopintura, que também nos remete ao século anterior.
Outra imagem que não passa despercebida é uma foto mais recente dos filhos, João e Helena, de 10 e 6 anos, o que para ele é uma forma de estar sempre próximo das ‘crias’, o que naquele dia nem precisou, pois durante esta reportagem eles acompanhavam o pai presencialmente.
E ali, enquanto batia com precisão na cabeça do pino estampando um padrão de figuras no cinto, que Pedrinho nos deu um dedo de proza e falou sobre a profissão, do desejo em transferir o que aprendeu com os tios aos filhos e acima de tudo, da importância de manter a tradição da selaria. Veja o vídeo:
Uma faixa sem fronteiras: tear vira símbolo de resistência e fortalece geração de renda
Claudia de Medeiros e Bruna Medeiros. foto: Marcos Maluf e arquivo pessoal
Foi numa tardezinha de temperatura amena que fomos recebidos por Claudia de Medeiros, em seu apartamento, em um residencial de ‘prédinhos’ agradáveis bem arborizados e tomados de pássaros, no bairro Monte Castelo, na capital. Seu ateliê fica localizado no piso térreo, mas pela característica íngreme do terreno está um nível abaixo dos demais, praticamente onde seria o subsolo. Não que isso seja um fator negativo, muito pelo contrário, a sensação é de estarmos em um ambiente mais privativo onde ainda se pode prosear de porta aberta. Então, ela se dirige à singela sacada, por onde transpassa uma luz difusa, e nos convida a sentar em uma mesa de centro, feita de madeira rústica e banquinhos ao redor, onde puxou a linha da história de sua vida.
Natural de Barra Mansa (RJ), Claudia, chegou a Mato Grosso do Sul com 16 anos, convidada por uma das irmãs mais velhas que havia se casado um rapaz de origem paraguaia. Neste momento da entrevista, ela profere a frase: “Longe é um lugar que não existe”, citando Fernão Capelo Gaivota, livro do norte-americano, Richard Bach que nos leva a refletir sobre a natureza das distâncias e dos sentimentos. A ideia central é que estamos verdadeiramente onde está nosso coração, independentemente da distância física. Mal sabia ela que Mato Grosso do Sul unificaria as duas vertentes.
Quando aqui pisou foi paixão à primeira vista, não só pelas belezas naturais, mas pela riqueza cultural dos povos que aqui viviam e cruzaram seu caminho. O próprio cunhado foi um deles, afinal tocava harpa, um instrumento musical muito difundido no país vizinho. O tempo passou, a irmã voltou para o Rio de Janeiro e novamente queria a companhia de Claudia, mas já era tarde, a mais nova moradora de MS já havia sido contagiada pela cultura local.
A paixão pela cultural local fez Claudia permanecer no Estado. foto: Marcos Maluf
Posteriormente passaria a trabalhar como produtora cultural e a manter contato com artistas locais, principalmente músicos regionais que se apresentavam, por exemplo, no extinto Festival Mercosul, evento que deu origem ao Festival América do Sul, e que ocorre anualmente desde 2004 nas cidades de Corumbá, Ladário e também na Bolívia. Daí em diante ela não mais arredaria os pés da ‘terra’ que a consagrou com uma das maiores referências artísticas no estado, mas foi mesmo na arte de tecer faixas-paraguaia que ganhou o mundo.
Tudo começou em 2003, quando Claudia de Medeiros iniciou uma pesquisa sobre a cultura pantaneira, por meio do projeto Sapicuá Pantaneiro, selecionado pelo Instituto Júnia Rabelo. Contemplado com o objetivo de realizar oficinas de artesanato, arte-educação e educação ambiental junto a instituições e comunidades, ganhou tração e tornou-se um dos principais projetos de difusão das manifestações pantaneiras.
Além do modo artesanal de confeccionar a faixa, que mais tarde passaria a ser ressignificada de paraguaia para pantaneira devido ao resgate e uso massivo, o Sapicuá passou a mitigar mazelas sociais de inúmeras comunidades tradicionais ao gerar renda. E ano após ano, as oficinas passaram a ser ministradas por todo o estado, pelo país e ainda este ano chegará ao berço da própria da arte: o Paraguai. Isso porque, Claudia foi convidada pelas autoridades daquele país a compartilhar suas experiências com os hermanos.
O formato e as cores da faixa inspiram dezenas de outros acessórios. foto: Marcos Maluf
Sua aposta, lá atrás, transformou não só a técnica artesanal do utensílio, mas também a si mesma e ainda criou raízes dentro da própria casa. Lembra do festival América do Sul, citado momentos atrás? Nele também ocorrem oficinas sobre a produção da faixa pantaneira. E sabe quem é uma das instrutoras? Bruna Medeiros Cordeiro, uma das filhas de Claudia, que aprendeu com a mãe, em suas vivências pantaneiras, a arte do tear. Ela é geógrafa e em suas oficinas, além do método, Bruna faz a contextualização histórica da faixa, a origem ancestral, os usos e possibilidades atuais como na moda, em acessórios como bolsas, chapéus e até como item de decoração de casa.
Bruna Medeiros fala sobre a importância do legado:
Para quem quiser aprender a tecer a faixa é possível acessar videoaulas gratuitas acessando: (Clique aqui)
Entre corixos e aguadas, uma comitiva de sabores
Dá pra sentir de longe o cheio de campo vindo em plena área central de Campo Grande. Não, não se trata de nenhuma área rural ainda intacta em meio ao desenvolvimento urbano, mas de um restaurante que guarda muitas histórias do Pantanal: o Helinho da Comitiva. O estabelecimento traz no nome o jeito de como o proprietário, Hélio Martins Lopes, 65, é chamado pelos clientes. Não é à toa que ele recebe este título, pois conduziu gado por estradas boiadeiras por cerca de 12 anos e à frente das comitivas e sempre que podia, assumia as panelas. Surgia assim pratos rústicos com temperos e sabores inigualáveis como o macarrão de comitiva.
Comida pantaneira foi a luz na vida de Helinho. foto: Marcos Maluf
Natural de Amambai, Helinho é figura conhecida no estado, afinal trabalhou transportando boiadas de uma região para outra, muitas vezes sob as águas pantaneiras, enfrentando os perrengues da profissão.
Nessas viagens pelo Pantanal, Helinho foi ficando conhecido pelo tempero e a cada parada um novo pedido, tanto dos peões, quanto dos patrões. “Se tivesse um canto, um fogão velho a gente cozinhava".
E foi durante um dia movimentado de trabalho que conversamos com o Helinho sobre seu protagonismo na gastronomia regional. Vale lembrar que só foi possível o bate papo após a saída do último freguês, pois o anfitrião faz questão de dar atenção um a um. Assim foi também com nossa equipe, que não iniciou a produção sem antes provar das iguarias.
Antes disso, junto a enormes panelas de comidas típicas, Helinho lembra com orgulho dos tempos em que topava qualquer parada para entregar o plantel ao local de destino. Aqui, chama-lo de peão ou chefe de cozinha não o agrada, ele prefere culateiro, que é quem conduz a boiada e cozinheiro, “pessoa que cozinha, simples assim”, pontua. Mas, o que ele gosta mesmo é de acordar cedo, lá pelas 3h da madrugada, bater àquele quebra-torto reforçado (refeição à base de arroz e carne seca), tomar um tereré (erva mate com água fria), e começar a preparar os ingredientes para o almoço que irá servir no dia que está para nascer.
Tradicional Tereré é a companhia de décadas. foto: Marcos Maluf
Nas paredes do restaurante, fotos dele montado a cavalo nos tempos das comitivas por todo lado. E é olhando para algumas delas que ele se lembra de quando tudo começou. “Fui convidado para levar uma boiada e pedi uma quantia para pelo serviço, o contratante não queria aceitar, mas por fim deu certo. Daí iniciei aqui. Acho que eu tinha mil conto”, lembra.
Quadros com fotos nas paredes do restaurante da época da comitiva que o próprio Helinho encabeçava. foto: Marcos Maluf
E já se vão 23 anos na cidade com genuína culinária pantaneira. O arroz carreteiro é o mais popular entre os clientes, mas é o macarrão de comitiva - preparado com espaguete quebrado e em vez de cozido é frito – uma variação do arroz carreteiro, o grande destaque da ‘casa’. Para ele “a simplicidade é o segredo do sucesso”. Já sobre o nome do prato que ganhou toque de ‘goumertização’, ele deixa para os críticos, mas confessa que prefere macarrão pantaneiro.
O modelo do negócio é familiar e o número de funcionários varia entre 5 e 8 pessoas dependendo do dia da semana. Helinho, ‘toca’ as panelas e quem recebe os pagamentos é a filha, Taina Elias Lopes, 36, que há cerca de cinco anos tem sido o esteio do pai. Mas quem acha que sua função se restringe às finanças, se engana. Quando o pai tem compromissos fora da cidade é ela quem assume a cozinha e com propriedade. Taina está cursando gastronomia e confessa que “não sabia fritar um ovo” antes de entrar no curso. Quando questionada se pretende manter a tradição das receitas do pai, ela responde sem titubear que “sim”.
Confira nosso bate papo
Made in Pantanal: raízes culturais são fruto da herança indígena
“Quando uma pessoa compra um produto que um dia foi um sonho para aquela pessoa que produz, um artesanato por exemplo, uma história literária ou uma peça de design de interiores, que também é economia criativa, significa que é mais que uma compra, mais aquisição, é uma conexão com o afetivo, com a raiz e a tradição daquele local”, Daniele Muniz - analista-técnica do Sebrae/MS.
Não há como falar da identidade do sul-mato-grossense sem inserir a herança cultural indígena. No Brasil, antes da colonização, é possível notar a produção artesanal indígena, que sofreu modificações em virtude do contato com o europeu e do processo colonizador. No caso da Faixa Paraguaia, por exemplo, os indígenas já produziam uma espécie de faixa para amarrar à cintura, não havia de cores, era de algodão cru, feita de técnica rudimentar, conforme apontou Margarita Miró, pesquisadora paraguaia.
Em Mato Grosso do Sul residem ao todo 116.346 indígenas, o terceiro maior quantitativo do Brasil, segundo dados do IBGE. Só em Campo Grande são 18,4 mil pessoas, a maioria vivendo em alguma das 10 aldeias urbanas. E é de uma delas, a Água Bonita, que vem a artesã Luana Aquino Kadiwéu, que há nove anos passou a comercializar as peças produzidas pelos irmãos de etnia e passou a ter uma fonte a mais de renda. Muitos elementos utilizados na fabricação do artesanato de origem indígena são extraídos da natureza como sementes, a argila, fibras e uma infinidade de matérias-primas.
Durante uma feira de sustentável instalada no Parque das Nações Indígenas, Luana explicou que o artesanato é presente na vida das mulheres Kadiwéu desde muito cedo, as meninas aprendem a arte do manuseio, já os meninos acompanham os homens mais velhos para aprendem a dominar o arco e a flexa.
Muitas tradições artesanais estão ameaçadas de extinção, principalmente devido aos processos de produção em massa, mas principalmente à falta de transmissão de conhecimento. Preservar esses saberes requer apoio às comunidades, formação de novos líderes e ingresso de novos empreendedores do trabalho manual, pois, são através da prática e do ensino entre as gerações que a identidade de um povo se perpetua. Mas, para a manutenção dessa identidade cultural a garantia de renda é fator crucial.
Histórias como as de Pedrinho e Giba, seleiros (couro), Cláudia e Bruna, artesãs (faixa pantaneira), Helinho e Taina, cozinheiros (comida de comitiva), Luana Kadiwéu (artesã indígena), retratam a força do negócio familiar alicerçado em tradições ancestrais.
De acordo com Muniz, gestora de ações da economia criativa do Sebrae, assim como os produtos artesanais produzidos pelas populações e comunidades específicas de cada região país, a exemplo do Pantanal, as manifestações artísticas, vão além do valor econômico.
Conheça mais sobre os produtos pantaneiros no Made in Pantanal