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Economia

06/02/2014 16:05

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Etanol pode perder mercado para gasolina em 2014

Combustíveis

 

Apesar do esforço das usinas para que o etanol volte a cair nas graças do motorista brasileiro, a demanda doméstica deverá permanecer muito aquém do potencial. Especialistas projetam que o mercado de combustíveis no país crescerá 4% no ano-safra 2014/15. Mas esse avanço não virá do consumo do biocombustível. É o uso de gasolina que deverá voltar a crescer.

 

A comercializadora de etanol Bioagência, por exemplo, estima que a demanda por etanol hidratado (utilizado diretamente nos tanque dos veículos) vai apenas repetir em 2014/15 os 10,9 bilhões de litros que deverão ser registrados no ciclo atual, o 2013/14. É um volume ainda muito distante do pico de 2009/10, quando a demanda alcançou o recorde de 15,6 bilhões de litros.

 

Com os valores do hidratado na bomba, limitados a 70% da cotação da gasolina para manter sua competitividade e o controle de preços do combustível fóssil exercido pelo governo, há pelo menos três anos as usinas não investem na construção de unidades de etanol. Assim, o país tende a ter em 2014/15 a mesma oferta de cana do ciclo anterior.

 

Na hora de escolher o volume de cana que será direcionado para a fabricação de açúcar ou etanol, as usinas optam pelo mais rentável. O etanol anidro, depois do açúcar cristal, é o que tem oferecido melhores remunerações à indústria desde novembro de 2013, conforme o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari. "Se os preços continuarem assim, a indústria vai preferir produzir anidro. O açúcar de exportação será a última opção", diz Nastari.

 

Portanto, a produção desse tipo de biocombustível deverá ser a única a apresentar crescimento no próximo ciclo. "Como é misturado à gasolina, o anidro deverá acompanhar o crescimento do consumo do combustível fóssil", diz o diretor da Bioagência, Tarcilo Rodrigues. E o avanço do anidro poderá ser até maior, uma vez que as usinas tentam que o governo eleve o percentual obrigatório de mistura do produto na gasolina dos atuais 25% para 27,5%.

 

Fonte: Valor Econômico

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