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Economia

04/09/2017 14:53

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Irmãos Batista vão lucrar R$ 6 bilhões com venda de fábrica em Três Lagoas

J&F vendeu a Eldorado por R$ 15 bilhões para o grupo holandês Paper Excellence

Os irmãos Wesley Batista e Joesley Batista, donos da Holding J&F, que controla a JBS e a Eldorado, vão lucrar R$ 6 bilhões com a venda da Fábrica da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, para o grupo holandês Paper Excellence. A venda será feita em duas etapas devido ao acordo de leniência fechado pela J&F com o Ministério Público Federal (MPF), que poderia trazer passivos futuros ao comprador.

A Fábrica de Três Lagoas mantém um TARE (Termo de Acordo de Regime Especial) com o Governo do Estado para concessão de incentivos fiscais na redução da alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) havia afirmado anteriormente que o grupo que comprasse a Eldorado teria os incentivos fiscais mantidos.

O contrato de compra e venda foi assinado neste sábado, 2 de setembro, e estabelece a transferência de até 100% das ações pelo valor de 15 bilhões de reais, diz um comunicado da Paper Excellence. A operação deve ser finalizada em até 12 meses.

Nos R$ 15 bilhões, está incluída a dívida da Eldorado, de cerca de R$ 8 bilhões. Restam, portanto, R$ 7 bilhões em dinheiro efetivo para os acionistas da companhia. Como os irmãos Batista detêm 81% da fabricante de celulose, vão levar quase R$ 6 bilhões. Num primeiro momento, porém, a quantia embolsada será menor.

De acordo com fontes próximas à negociação, nesta primeira fase, a Paper Excellence comprou entre 30% e 35% do capital da Eldorado. Essas ações pertencem aos irmãos Batista. Por essa fatia, eles devem embolsar cerca de R$ 4,5 bilhões.

Segundo fontes do mercado, a compra em duas etapas da Eldorado teria sido motivada por questões relativas ao acordo de leniência fechado pela J&F com o Ministério Público Federal (MPF), que poderia trazer passivos futuros ao comprador. Também teria relação com o fato de a Eldorado e os fundos de pensão serem alvo de investigação na Operação Greenfield, da Polícia Federal. A Paper Excellence nega que o acordo de leniência tenha motivado a compra em duas etapas.

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