Os servidores aposentados e pensionistas do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) estão lutando para conseguir contratar novos empréstimos consignados, principalmente pela CEF (Caixa Econômica Federal), devido a falhas no sistema E-CONSIG (Sistema Digital de Consignações) e na gestão da folha de pagamento da prefeitura de Campo Grande.
Para o TopMídiaNews, um dos aposentados, que é PCD e afastado por invalidez definitiva, relata que mesmo com margem consignável disponível, está com o acesso bloqueado ao portal do servidor E-CONSIG. “Está impossível a contratação de novos empréstimos. Desde janeiro minha margem aparecia como negativa, sem qualquer justificativa ou movimentação recente. Apenas em agosto o valor foi normalizado, mas o bloqueio persiste”, detalhou o rapaz que preferiu não se identificar.
Ao questionar a gerente da Caixa, o aposentado teria sido informado que o problema é recorrente, já que a prefeitura estaria atrasando ou não informando mensalmente o banco a quitação das parcelas dos empréstimos já descontadas diretamente em folha.
Por conta disso, os servidores os contratos continuam "em aberto" no sistema da CEF, gerando notificações indevidas aos beneficiários, pois é identificado que existem como atraso nos pagamentos. O detalhe da história é que mesmo sem informar a Caixa, a prefeitura realiza o desconto mensal dos débitos de empréstimos nos holerites.
Além do transtorno de receber cobranças injustificadas via SMS e aplicativo da Caixa, os aposentados relatam que ficam impedidos de contratar novos empréstimos, já que os sistemas bancários indicam pendências não reconhecidas.
Outro ponto destacado é a falta de atendimento e esclarecimentos por parte do setor responsável da própria prefeitura, do IMPCG e do portal E-CONSIG. “Ninguém sabe, ninguém responde. Estamos sendo prejudicados, sem acesso ao crédito que temos direito, e ninguém se responsabiliza”, afirma.
Durante a conversa, o rapaz chegou a questionar o destino do dinheiro descontado em folha, já que não estaria sendo encaminhado para o pagamento dos empréstimos. “A dúvida que fica no ar é: para onde está indo o dinheiro descontado dos servidores todo mês? Por que ele não é repassado corretamente aos bancos credores? Quem está se beneficiando com os juros e atrasos? Cadê o dinheiro?”
Apesar da reportagem ter sido procurada apenas por uma pessoa, ele deu voz a outras tantas que estariam passando pelo mesmo problema, mostrando que a situação não é isolada. Vários servidores aposentados enfrentam o mesmo problema, tanto com a Caixa quanto com outros bancos, como o Bradesco.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande, mas até a publicação desta matéria não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.









