Durante 34 anos, a Estação Rodoviária Heitor Eduardo Laburu, no bairro Amambaí, foi palco de chegadas e partidas. Desativada desde 2010, a antiga Rodoviária da Capital é lembrada com carinho pelos moradores da cidade.
Vitor Rojas, 48 anos, sente saudades ao ver o local abandonado pelos governantes. Ele relata que durante anos foi usuário da Estação e acredita que uma reforma daria vida novamente ao lugar.
Para o professor, o empreendimento deveria servir como ponto de cultura em Campo Grande. Por ser um símbolo histórico, atualmente a situação deplorável é denominada pelos moradores como um chaga social (problema enfrentado no país).
Nas redondezas, imóveis à venda e comércios fechados demonstram a insatisfação dos vizinhos ao conviverem com moradores de ruas, usuários de drogas e ex-presidiários que tomaram conta da antiga Rodoviária.
O prédio, apesar de ser um potencial econômico, parecer ter sido esquecido pelo Poder Público. Localizado no coração da cidade, é depreciado dia após dia com a ação do tempo e de vândalos.
“As pessoas que vivem à margem da sociedade não saem daqui e é por isso que o pessoal das redondezas fica insatisfeito. É uma tristeza ver no que a antiga Rodoviária de Campo Grande se transformou”, finaliza Vitor.
Prefeitura
A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio de Assessoria de Imprensa, informou que a antiga Estação Rodoviária pertence a um condomínio particular e que, por enquanto, só existe um estudo técnico por parte do município, mas nada confirmado para reformar o lugar.