O adolescente de 16 anos que matou os pais a marteladas no Rio de Janeiro sempre apresentou um comportamento “agressivo” contra as vítimas. A revelação é de um dos irmãos do menor.

“O comportamento do meu irmão com eles [o casal morto] era muito agressivo, arrogante”, disse um dos irmãos do jovem em entrevista à rádio Itatiaia. “Ele tinha dificuldade em dizer não, não podia pegar as coisas dele que ele entrava em surto”, revelou.

Apesar de revelar que situações de agressividade contra os pais eram constantes por parte do adolescente, o jovem de 20 anos, que preferiu não revelar sua identidade, se disse surpreso com o desfecho trágico do casal.

“Eu não imaginava que isso iria acontecer, que iria chegar a esse ponto”, disse o rapaz, que conviveu com o adolescente durante três meses, em 2019, antes de ser adotado por outra família.

Assassino confesso

De acordo com investigações preliminares, após matar Mariana Valente Abud e Luiz Cláudio Gonçalves Pinheiros, ambos de 58 anos, o adolescente teria saído para lanchar um com amigo.

Ao retornar para casa, o menor colocou fogo no cômodo onde os corpos dos pais estavam. Logo depois, ele acionou a polícia e o Corpo de Bombeiros para apagar o incêndio que tomou conta de todo andar onde estava localizado o quarto.

O adolescente confessou o crime para as autoridades e afirmou que houve uma discussão com os pais, que não teriam permitido que ele faltasse na aula para treinar jiu-jitsu, foi a motivação do assassinato.