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28/11/2020 16:28

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Após 27 anos tentando achar família, homem é enganado por 'falso irmão'

O motorista disse ser um dos irmãos do rapaz, mas depois foi desmascarado pelos próprios amigos que acharam a mentira terrível

O motorista cearense Antônio Carlos da Silva, que procura sua família biológica há mais de 27 anos, descobriu que foi vítima de uma mentira ao acreditar que havia localizado seus parentes em Pernambuco. A história bizarra foi divulgada pelo G1.

Conforme o site, o homem que havia se identificado como Clécio e se apresentou como irmão de Carlos inicialmente acabou revelando que estava mentindo. Depois da frustração o cearense continua à procura da família verdadeira.

O homem foi desmascarado pelo amigo do motorista somente três dias depois deles estarem organizando um encontro para se conhecerem. Foi um dos familiares do suposto irmão que afirmou que ele estava mentindo. Após a revelação, Clécio enviou um áudio pedindo "desculpas" por ter inventado a história e afirmou "não saber o motivo" de ter contado a mentira.

“Eu só tenho que pedir perdão. Me desculpa. Não era pra eu ter feito isso não. Não sem nem onde boto essa cara. Estou tentando falar com o Bernardo, mas não estou conseguindo”, disse Clécio, em áudio.

"Mentira tem perna curta"

Além do contato feito com a vítima, Clécio enviou fotos de supostos amigos e dos próprios familiares.

Bernardo Rosemeyer, pai adotivo de Carlos e fundador da Associação O Pequeno Nazareno, instituição que acolheu o cearense, disse que não recebeu nenhuma ligação do Clécio após a descoberta da farsa.

“Ficamos todos estarrecidos. Ele fez chamadas de vídeo com a gente, conversou, mostramos nossa família, ele mandou fotos dos irmãos, disse que já tinha falado para eles que o Carlos estava vivo, depois que viu o panfleto e ligou pra gente. Esse rapaz brincou com as esperanças do meu filho”, afirmou Bernardo Rosemeyer.

Antônio Carlos só soube da verdade na noite de quinta-feira (26), quando seu amigo que ajuda nas buscas se encontrou pessoalmente com Clécio e estranhou a falta de informações. No terceiro dia de diálogos, Clécio encaminhou as fotos dos supostos irmãos e a avó, mas o rapaz não repassava os contatos dos outros familiares.

Foi quando Carlos, o amigo do cearense, procurou por outros contatos de Clécio e descobriu que a história era uma invenção e que as fotos enviadas dos parentes não seriam de familiares verdadeiros do cearense.

A história

Antônio Carlos da Silva fugiu de casa aos cinco anos de idade enquanto o padrasto agredia a mãe. Entrou em um ônibus de terminal rodoviário, adormeceu e só acordou em outra cidade, até ser encaminhado para Fortaleza.

Por alguns anos viveu nas ruas da capital cearense e de abrigo em abrigo, até chegar, aos 14 anos, pela Associação O Pequeno Nazareno, que acolhe crianças e adolescentes destituídos do poder familiar em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza. Passados 27 anos, procura a família.

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