O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, pediu vistas e adiou a decisão da corte sobre tornar Jair Bolsonaro réu ou não por racismo contra quilombolas. Antes da manifestação de Moraes, a votação estava empatada em 2 a 2.
Conforme o Antagonista, ao tomar a palavra, Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma, deu a entender que apresentará seu voto na sessão da próxima semana.
O placar terminou com dois votos (Marco Aurélio Mello e Luiz Fux) pela rejeição da denúncia e outros dois votos (Luís Roberto Barroso e Rosa Weber) pelo recebimento parcial, em relação à incitação ao racismo e à homofobia – não acolhendo em relação à xenofobia.
O caso
Em abril de 2017, Bolsonaro deu uma palestra no clube Hebraica, no Rio de Janeiro quando relatou uma visita feita a uma comunidade quilombola. Ao público, ele teria dito que o afrodescendente mais leve daquela comunidade pesava sete arrobas e que eles não faziam nada. Também disse que eles não serviriam nem pra procriar mais.
A Procuradoria Geral da Republica denunciou Bolsonaro ao STF dizendo que as frases incitaram o ódio e atingiram diversos grupos sociais.