Uma carta com propostas de políticas para a juventude brasileira nos próximos quatro anos foi elaborada e entregue a Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente eleito do Brasil, na noite dessa quarta-feira (09), em Brasília (DF).

O documento foi elaborado por sete deputados federais que detêm mandatos atualmente e seis deputados recém-eleitos que assumem suas cadeiras em fevereiro de 2023, levanta uma série de contextualizações sobre a realidade da juventude brasileira atual e pede o compromisso do Governo Lula com as políticas públicas para a juventude no cenário de reconstrução do país.

A carta faz um balanço da atual situação dos jovens no país, ressalta a importância de programas como o ProJovem e o Ciência Sem Fronteiras e da aprovação de um Plano Nacional da Juventude, assim como aponta o corte de 93,5% no orçamento da Secretaria Nacional de Juventude, que teve seu menor orçamento da história.

O Brasil possui, atualmente, a maior geração de jovens da sua história, com cerca de 50 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, quase 30% da população. As dificuldades de acesso ao estudo, emprego e estabilidade financeira, além da representação política, são as principais queixas da população jovem brasileira.

“Os jovens não veem perspectiva de futuro no Brasil. Temos 35% de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham. E o desânimo é tanto que 76% deles querem deixar o país. Nossa missão é encontrar as soluções para os problemas de tal forma que essas pessoas, essa força de trabalho e essa renda escolham ficar e ajudar a desenvolver o Brasil. E isso é urgente. O Governo precisa ser mais direto, mais plural e democrático”, declarou a deputada federal eleita por MS, Camila Jara.

Além de Camila Jara, assinam a carta os deputados federais Túlio Gadelha (Rede-PE),  Aliel Machado (PV-PR), Célio Studart (PSD-CE), Natália Bonavides (PT-RN), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Tabata Amaral (PSB-SP) e Talíria Perone (PSOL-RJ), além dos deputados recém-eleitos Ana Pimentel (PT-MG), Dandara (PT-MG), Duarte (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Jack Rocha (PT-ES) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).