A demissão dos principais provedores do lar tem sido um golpe duro no poder de compra das famílias brasileiras.

Conforme divulgou reportagem, do jornal O Estado de S. Paulo, em apenas um ano, o desemprego de chefes de família nas seis principais regiões metropolitanas do país cresceu 56,9%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 538 mil chefes de família desocupados em novembro de 2015.

Os dados do instituto indicaram que o número de chefes de famílias desempregados começou a crescer em janeiro deste ano.

No primeiro mês do ano, eram 357 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.

Considerados apenas os chefes de família, contata-se uma taxa de desemprego de 4,7% em novembro deste ano. O percentual resultante é abaixo da média da população geral desocupada, de 7,5%.

Contudo, como aponta o jornal, a alta nas demissões dos chefes de família levam a interpretação de uma outra realidade que o país enfrenta: outros membros da família, que antes não trabalhavam, saem às ruas à busca de emprego, o que torna a demanda ainda mais alta por um baixo número de vagas disponíveis.

Em consequência, aponto o jornal, a taxa de desemprego sobe e o poder de compra diminuí, com repercussão sobre setores como comércio e serviços, gerando um círculo vicioso.

A procura por vagas em sites que ofertam e direcionam candidatos a empregos também é crescente. No site vagas.com, por exemplo, cadastrou 173 currículos por hora na média do acumulado do ano até setembro, o que é 11,6% maior em comparação a igual período de 2014.

Segundo o site, os cadastros de jovens avançaram 49% de janeiro a novembro ante a igual período do ano passado.