Um homem e um adolescente, que não tiveram a identidade revelada, procuraram a Polícia Civil dois dias após a morte de Genivaldo, no dia 27 de maio, para relatarem terem sofrido agressões por parte de Policiais Rodoviários Federais durante abordagem.

De acordo com o G1, as agressões teria ocorrido na segunda-feira (23), mas o registro da ocorrência aconteceu apenas no dia 27.

Ambos passaram por exames de corpo delito e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, os laudos não ficaram prontos.

Posteriormente, serão encaminhados diretamente à Polícia Federal, que investigará o caso.

Caso Genivaldo

A morte de Genivaldo ocorreu no dia 25 de maio, após ter sido trancado em um porta-malas da viatura da PRF, e asfixiado com uma bomba de gás lacrimogêneo, jogado por um dos agentes.

A causa da morte apontada pelo IML de Sergipe, foi asfixia e insuficiência respiratória.

Os policiais identificados como Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, estão sendo investigados em um processo interno disciplinar.

Um boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, na última sexta-feira (26), informou que os agentes fizeram o uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo, após o abordado apresentar resistência. O texto citou ainda que o desfecho da situação teria sido uma fatalidade, desvinculada da ação policial.

Três dias depois da divulgação de parte do boletim, a PRF disse que não compactuava com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem e citou "indignação" diante do ocorrido.