O Jornal O Estado de São Paulo pediu à Justiça, nesta terça-feira (19), explicações do Hospital das Forças Armadas, do Laboratório Sabin e da Fiocruz, sobre os exames da covid-19, feitos pelo presidente Jair Bolsonaro. O fato do exame não ter RG ou CPF suscitou dúvidas por parte do jornal. 

Segundo o Estadão, o laudo emitido pela Fiocruz é que não traz nenhum documento que comprove que o resultado pertence de fato ao presidente da República. No papel, constaria apenas a identificação ‘Paciente 5’. 

Sobre o HFA, o jornal diz que o presidente usou, como codinome, o nome do filho de uma farmacêutica da unidade. A oficial estaria no comando do envio das informações e do material para o laboratório Sabin. 

A defesa do Estadão informou que, em vez dos laudos ‘’apaziguarem incertezas sobre o estado de saúde do presidente, fizeram surgir indagações. O jornal quer explicações do comandante-logístico do HFA e da chefe de laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fiocruz. 

Pelas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o cadastro do paciente deve trazer número de registro de identificação do paciente gerado pelo laboratório, o nome dele, idade, sexo e procedência. 

A Advocacia-Geral da União e o presidente Bolsonaro destacaram que, por questões de segurança, o nome do presidente e demais dados foram omitidos.