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02/03/2019 10:31

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Funcionária lésbica é obrigada a usar banheiro masculino por conta da aparência

“Eu me sentia péssima. Evitava ao máximo. Passava o dia com vontade de fazer xixi, mas tentava aguentar até em casa.”, desabafou a funcionária

Thays Cyriaco, uma auxiliar de limpeza da rede Makro, afirma ter sido obrigada pela sua supervisora a utilizar o banheiro masculino durante cinco meses. O motivo para a ordem seria o fato dela ter uma aparência que lembre de um homem, mesmo se definindo como mulher.

“Eu sou mulher, mas uma promotora do supermercado me viu no banheiro feminino e reclamou com a gerente de Recursos Humanos. No dia seguinte, minha supervisora me procurou e disse: ‘Já que você parece homem, vai ter que usar o banheiro masculino’. Eu retruquei. Disse que era mulher e que não queria, mas ela foi irredutível”, disse em entrevista ao UOL. “Usava o [banheiro] de deficiente ou quando não tinha ninguém dentro [do masculino]. Porque fico muito constrangida”, revelou a funcionária de 30 anos.

Para acabar com isso, a auxiliar de limpeza entrou com uma ação na Justiça contra a empresa terceirizada (Eloforte), que contrata a promotora de vendas que a confundiu (Aurora) e a rede atacadista. A liminar concedida pela Justiça de Campinas, no último dia 21 de fevereiro, determina que o emprego de Thais seja mantido e que ela tenha direito a usar o banheiro feminino. Caso essa determinação não seja cumprida, a rede atacadista pode pagar multa de R$ 10 mil até a R$ 500 mil.

“Eu me sentia péssima. Evitava ao máximo. Passava o dia com vontade de fazer xixi, mas tentava aguentar até em casa. Quando ficava impossível, corria para o banheiro adaptado e rezava para que estivesse vazio. Foram cinco meses de sofrimento”, desabafou. A auxiliar conta que mesmo passando por todo o preconceito, não receber um pedido de desculpas, nem explicações do estabelecimento. “Todo mundo me olha torto. A situação só piora”, lamentou.

Em nota, a rede de supermercados Makro informou que foi dado início a uma apuração para esclarecer os fatos. “O Makro não admite qualquer tipo de discriminação ou preconceito e reitera que acatou de imediato a decisão da liminar. Como parte dos seus valores e de sua política, a rede reforçará seu posicionamento junto aos funcionários e quadro de fornecedores, enquanto avança nas investigações mediante os novos fatos apresentados.”

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