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28/11/2018 13:24

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Homens são presos por estuprar adolescentes após oferecer falsa vaga de dançarina de MC

De acordo com a Polícia Civil, dupla atraiu as vítimas pelo WhatsApp. Criminosos também ofereciam bebidas alcoólicas e mantinham garotas em cárcere privado

Dois homens foram presos por estuprar quatro adolescentes depois de aliciá-las pelo WhatsApp com a promessa de oportunidade para atuar como dançarina em grupo musical de um MC. Além disso, segundo a Polícia Civil, a dupla oferecia bebidas alcoólicas e mantinha as garotas em cárcere privado, em cidades de Pernambuco. O artista, conhecido como MC Deivinho, informou a coproração, é alvo de investigações. 

Ainda segundo a polícia, foram presos Fredd Willyans Cândido, de 48 anos, e Patrício Torres da Silva, de 27 anos. Fredd, disse a corporação, foi condenado a 55 anos de prisão por roubo e morte. Os dois respondem por estupro de vulnerável, sequestro, cárcere privado e associação criminosa.

Em resposta à TV Globo, o MC Deivinho informou que não tem relação com nenhum crime e que não sabe os motivos de ter o nome envolvido nessa investigação.

Nesta terça-feira (27), durante coletiva de imprensa, a polícia apresentou detalhes da prisão e contou como detalhes como ocorriam os crimes. Desde o aliciamento até as agressões sexuais, registrados durante as investigações iniciadas em maio deste ano.

Segundo a delegada Thaís Galba, do Departamento de Polícia da Criança de do Adolescente (DPCA), quando aceitavam as falsas propostas, as garotas, de 14 a 16 anos, estavam pensando em um grande oportunidade de vida, em reconhecimento nacional, pois achavam que iam dançar com um MC.

“Todas foram atraídas da mesma forma. Os homens perguntavam se as meninas não queriam ficar famosas e ter o dinheiro para comprar roupas e sapatos. Eram sonhos de adolescente”, afirmou a delegada.

A policial relatou que os criminosos usavam o WhatsApp para fazer o primeiro contatro com a vítimas. “Todas relataram que não sabem como os homens sabiam os nomes delas nem como foram parar nos grupos do aplicativo”, observou Galba.

O segundo passo, de acordo com a delegada, era dado pelos bandidos quando eles pediam fotos íntimas da meninas e faziam abordagens de cunho sexual. “Eles queriam fortos de biquíni ou de lingerie. Também perguntavam se elas ainda eram virgens”, disse a delegada.

Depois desse contato, os aliciadores ligavam para as meninas e marcavam um local de encontro, dizendo que elas dançariam em um show. Seriam apresentações no Recife ou em outras cidades do estado.

As garotas, no entanto, nunca chegaram a dançar com o MC Deivinho nem receberam o dinheiro prometido. Eram levadas para uma casa, no município de Escada, na Zona da Mata, ou no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife.

“Nesses locais, os homens ofereciam bebidas alcoólicas, praticavam sexo sem consentimento delas e mantinham as jovens presas durante todo o fim de semana. Duas consegiram escapar, em uma ocasião, quando um do homens estava sozinho e se distraiu", comentou Galba.

A delegada contou, ainda, que o MC não participou de estupros, mas estreve em dos locais onde os crimes foram praticados. De acordo com Thaís Galba, uma das meninas revelou que fez sexo com o MC, com consentimento, mas depois foi estuprada por Patrício e por Fredd.

"Ela disse que queria ficar com ele, já que ele era o artista, o MC. Ela disse, no entanto que o cantor não ajudou ela na hora da violência sexual a ainda fotografou tudo”, comentou a policial.

Galba afirmou que os dois presos negaram a participação nos crimes e alegaram que era um erro, pois não sabiam que eram as meninas.

"Quando eu dei voz de prisão, eles disseram que eu poderia coletar material para fazer análise. Ou eles usaram preservativos ou não chegaram a ejacular nelas. Assim, não haveria material para coletar", disse a delegada.

Alerta
Diante dos fatos relatados pelas jovens, a delegada faz um alerta. “Existem pessoas sérias nesse ramo de música e shows. Mas é preciso ter reponsabilidade. E saber quem oferece esses trabalhos e notar se a conversa inicial tem conotação sexual”, afirmou.

Para o gestor do DPCA, delegado Ademir de Oliveira, existe a possibilidade de outras garotas terem sido vítimas desse grupo. “Eles usavam o WhatsAapp para fazer o aliciamento e isso tem muito alcance”, declarou.

Sobre a participação do MC Deivinho, Oliveira afirmou que é preciso saber qual a participação dele no caso. "A promessa que os homens fizeram para atrair as meninas tem relação com shows desse artista. Por isso, precisamos saber o que houve", afirmou.

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