A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (13) que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) teve sua proposta de flexibilização do acesso a armas “desconstruída” ao levar uma facada durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG).
A declaração da presidenciável acontece uma semana depois de Jair Bolsonaro sofrer o ataque. Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, está preso em Campo Grande (MS).
“O candidato Bolsonaro teve a sua proposta desconstruída por aquilo que ele mesmo pregava, que é a distribuição de armas. Imagine se aquele homem tivesse uma arma na mão. Teria, além de ter tirado a vida de Bolsonaro, talvez, a de muitas pessoas que estavam ali”, afirmou Marina Silva.
A candidata da Rede acrescentou que o problema da violência não se resolve “distribuindo armas”, mas, sim, “com o estado dando segurança para as famílias, pessoas, para as empresas, para todos”.
“É por isso que elegemos governadores, presidente da República, prefeitos. Não é para que as pessoas se defendam com as próprias mãos”, acrescentou Marina.
A postulante ao Palácio do Planalto declarou também que os brasileiros não serão “tomados pelo medo”. E disse que quando “se semeia amor e respeito”, isso se “prolifera”.
Mobilidade urbana
A presidenciável fez campanha em Brasília no fim da tarde desta quinta. Ela conversou com eleitores e militantes próximo à Rodoviária do Plano Piloto, região central da cidade e defendeu investimentos em mobilidade urbana. Ela afirmou que se eleita incentivará o uso de biocombustíveis.
“Nós temos o compromisso com o transporte público de qualidade. Transporte que seja limpo e seguro para a população. Como nós temos uma matriz energética limpa, nós podemos ter transporte com base em eletricidade. Vamos incentivar cada vez mais o uso dos biocombustíveis e assim conseguir reduzir o preço da passagem e melhorar qualidade de vida e meio ambiente”, afirmou.
Ela também disse que investirá em energia solar, construindo 1,5 milhão de tetos solares “para gerar emprego e condição de renda para as pessoas”.
Marina caminhou pelo centro de Brasília acompanhada pelo candidato a vice, Eduardo Jorge (PV), e pelo deputado distrital Chico Leite (Rede), candidato da legenda ao Senado.
Pesquisas
A candidata também comentou as pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente e que mostram empate técnico entre ela, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), na segunda posição, enquanto Bolsonaro está isolado na liderança.
“Eu sei que há pressa de alguns para dizer que o projeto que não é da velha política do PT, do MDB, dos grupos contrários à Lava Jato, eles estão muito apressados para dizer que os brasileiros não viabilizarão uma proposta altiva, alternativa à corrupção, à incompetência que levou o Brasil ao buraco. Mas desde 2010 esse projeto vem crescendo e eu e Eduardo Jorge estamos disputando palmo a palmo”, concluiu.