Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira (15) a ampliação do programa Brasil Alfabetizado, voltado para alfabetização de jovens acima de 15 anos, adultos e idosos.
Em 2017, o total de estudantes atendidos pelo programa vai passar de 168 mil para 250 mil. Esse aumento, segundo o MEC, representa 50% a mais de vagas no próximo ano. O sistema de adesão para o novo ciclo começa em novembro. "Infelizmente o Brasil ainda tem 13,1 milhões de analfabetos, com 15 anos de idade ou mais.
É um drama que temos de enfrentar com programas existentes como o Brasil Alfabetizado, que será ampliado, e com novas ações que venham a somar esforços no sentido de reverter esse quadro", assegurou o ministro da Educação, Mendonça Filho.
Educação é prioridade
Segundo o ministro, o governo considera a alfabetização uma política prioritária. O Brasil Alfabetizado, que foi lançado em 2003, é um programa de fluxo contínuo, organizado por ciclos e com duração de oito meses. No Plano Plurianual 2016/2019, a meta de alfabetizando por ciclo era de 1,5 milhão.
No entanto, o atendimento no Brasil Alfabetizado vem diminuindo desde 2013, quando abriu vagas para 1.113.450 estudantes. Em 2014, o número de vagas caiu para 718.961 e em 2015, com execução em 2016, caiu para 168 mil atendidos.
O ciclo atual em execução, iniciado no ano passado, conta com 191 entidades executoras, com 17.445 turmas ativadas; 167.971 alfabetizandos, 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores e intérpretes de Libras.
O Brasil Alfabetizado conta com assistência técnica e financeira da União, em caráter suplementar. A verba de custeio é destinada à formação de alfabetizadores e coordenadores de turmas, aquisição de material escolar, aquisição de material de apoio para os alfabetizadores, alimentação escolar e transporte do alfabetizando. Além disso, o programa prevê o pagamento de bolsas aos alfabetizadores e aos alunos, durante o curso.
Melhorias
A atual gestão identificou falhas no programa como uma taxa média de alfabetização de 50%, além disso, somente 7% dos alfabetizados continuam no EJA.
O MEC já discute as dificuldades do atual modelo com vários segmentos da sociedade – incluindo educadores, gestores, sociedade civil –, no sentido de corrigir as falhas e aprimorar a política.