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TRANSPARÊNCIA GOV MS
Geral

Risco: apenas 20% da população combate o mosquito da dengue em MS

A população sabe o que fazer para combater, mas não coloca conhecimentos em prática

20 novembro 2016 - 18h05Por Dany Nascimento

Um laudo divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) comprova que a maioria das pessoas não coloca em prática os cuidados necessários para combater o mosquito Aedes Aegypti. O levantamento feito pela secretaria comprova que 89% da população tem conhecimento sobre o que é preciso fazer para eliminar os focos, porém, apenas 20% coloca em prática.

De acordo com o gerente do Programa de Controle de Vetores do Estado, Marcio Luiz de Oliveira, evitar  o acúmulo de água parada por meio do controle mecânico ainda é a medida mais eficiente contra o mosquito. “Não deixar que a água se acumule é ainda a forma mais eficiente para evitar a proliferação do mosquito que transmite doenças como a dengue, zika e chikungunya. Mas apenas parte da população faz o que precisa ser feito, apesar de ter conhecimento”.

Além disso, quando o mosquito já é adulto, é necessário instalar telas em portas e janelas, fazer o uso de repelentes corporais, inseticidas em spray ou ainda repelentes elétricos que prometem espantar os insetos por até 10 ou 12 horas.

O repelente em espiral também é considerado eficiente, mas de acordo com Marcio, o médico deve recomendar a utilização, levando em consideração que o espiral pode provocar problemas respiratórios. Aceso com fósforo, esse repelente libera uma fumaça que espanta os mosquitos, mas só deve ser usado em ambientes abertos ou em locais onde não haja energia elétrica.

Conforme Marcio, o mosquito Aedes Aegypti diminui sua atividade nos períodos de inverno ou em ambientes com temperaturas mais amenas. “Uma boa dica, e que funciona, é o ar-condicionado. Se ligado a uma temperatura igual ou inferior a 22°C pode inibir a ação do mosquito. Isso seria ideal durante a noite”.

O Aedes  permanece nas residências que possuem alimento (sangue) e possíveis locais com água parada, onde ele pode colocar os ovos, como tampas de garrafas, vasos de plantas, caixas d’água sem tampa, entre outros. “Pelo menos 86% dos vetores estão dentro de casa. É um mosquito urbano. Mas não basta que na sua casa não tenha foco. É preciso que todos cooperem porque o mosquito pode percorrer até 150 metros de distância, então, se ele não tiver foco na sua casa, ele pode ir apenas para se alimentar”, explicou Marcio.