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21/02/2024 14:49

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Pernambuco registra 29 pessoas furadas por agulha durante Carnaval

Pessoas que saem furando indivíduos com objetos pontiagudos, com o objetivo de passar doenças, são chamadas de "carimbadores"

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou 29 atendimentos a pacientes furados por agulhas na rua, durante os festejos de Carnaval, entre os dias 9 e 15 de fevereiro. Eles foram vítimas de lesões provocadas por agulhas em diversos focos de folia no Recife e em Olinda.

De acordo com a Secretaria de Saúde, dos 29 pacientes, 16 eram mulheres e 13 homens. Entre os locais de ocorrência, a maioria foi no Recife (no Galo da Madrugada e no Marco Zero) e houve ainda 11 casos em Olinda. Em casos como esses, em geral, as vítimas não conseguem identificar de quem partiu a agulhada, em meio à multidão.

Aumento de casos em Pernambuco

No ano passado, foram dois casos de vítimas de agulhadas dadas por pessoas não identificadas. Já em 2020, pelo menos 41 foliões alegaram que foram furados entre os dias 15 e 23 de fevereiro, segundo a secretaria. Os registros ocorreram durante as festas de Carnaval em Recife, Olinda e Orobó (PE).

Não se sabe se as agulhas estavam ou não contaminadas. Popularmente, pessoas que saem furando indivíduos com objetos pontiagudos, como seringas e agulhas, com o objetivo de passar doenças, são chamadas de “carimbadores”. O termo também diz respeito ao grupo que faz sexo sem camisinha e sem mencionar o HIV aos parceiros, no intuito de transmitir a doença.

“Queimação no braço”

Um dos casos registrados neste Carnaval foi o de Letícia Almeida de Araújo, 18. Segundo ela, sentiu uma “queimação” no braço direito enquanto estava em um show na Praça do Carmo, em Olinda (PE), no dia 9 de fevereiro.

“Na hora, não consegui olhar direito, mas, quando encontrei um lugar mais calmo, vi que tinha um furo, com um pouco de sangue. Já tinha ouvido falar desses casos [carimbadores]. Vi o furo e pensei ‘e agora?. Fiz todos os exames de sangue, rapidamente, para HIV e hepatite, e todos deram negativos, eu não tenho as doenças. Mas a médica explicou que algumas só poderiam aparecer depois de 30 dias ou mais.”, disse ela ao portal Uol.

Letícia está tomando medicações que fazem parte da PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV): uma medida de prevenção à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

O protocolo também é indicado em algumas situações como violência sexual, acidente com material biológico ou exposição sexual consentida com o rompimento do preservativo.

Na PEP, os medicamentos devem ser tomados durante 28 dias, sem interrupção, sob orientação médica após avaliação do risco. O tratamento deve ter início nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo em 72 horas.

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