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12/04/2018 17:12

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Três fazendas de MS aparecem na lista nacional do trabalho escravo

Donos de propriedades são reincidentes na listagem; Em um dos casos, idoso eram mantido em condições desumanas

A nova ‘lista suja’ do Ministério do Trabalho adicionou a Fazenda São Luís, em Aquidauana, de Edvaldo Zagatto, Fazenda Baía do Cambará Redondo, em Corumbá, de Gregório da Costa Soares e Fazenda Santo Antônio, em Dourados, em nome da Prestadora de Serviços e Comércio de Madeiras Benites.

As três propriedades de Mato Grosso do Sul estão listadas entre os 166 nomes responsáveis por submeter trabalhadores em situação análoga a de escravo, na divulgação de 2018. No ano anterior, a lista divulgada em outubro mostrava duas propriedades em MS.

Reincidentes

Zagatto, proprietário da fazenda em Aquidauana, foi autuado em 2016, por manter seis trabalhadores em condições análogas à escravidão na fazenda São Luís. A decisão final, quando esgotaram todas as defesas do empresário, saiu em 15 de maio de 2017.

A Prestadora de Serviços e Comércio de Madeiras Benites foi autuada em 2014. A empresa mantinha quatro trabalhadores em regime escravo na Fazenda Santo Antônio, zona rural de Dourados, distante cerca de 221 quilômetros da Capital. A prestadora esgotou todas as chances de recorrer em 5 de setembro de 2014.

Já na propriedade de Corumbá, um idoso com mais de 70 anos era mantido como escravo. Ele estaria trabalhando no local há mais de 20 anos e foi resgatado após uma operação do Ministério Público do Trabalho em conjunto com a Polícia Federal, Ministério do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Ambiental e Polícia Civil.

O homem foi encontrado em um cômodo sem qualquer condição de higiene. Ele bebia água retirada de um ‘coricho’ e armazenava em galões sujos de óleo diesel. As necessidades fisiológicas eram feitas no mato.

Os patrões só entram na lista depois que esgotam todos os recursos de defesa na esfera administrativa, e permanecem apenas por dois anos.

Lista

Entre outras empresas, estão a ALL América Latina Logística (atual Rumo Malha Paulista), a Cone Brasil, que comercializou alimentos no Rock in Rio e duas construtoras responsáveis por obras no Programa Minha Casa Minha Vida.

A publicação ocorreu após decisão judicial proferida pela 11ª Vara do Trabalho de Brasília em ação do Ministério Público do Trabalho. A União tinha até o dia 27 deste mês para publicar a lista atualizada. O descumprimento implicaria multa diária de R$ 10 mil.

A lista completa pode ser acessada neste link.

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