Mato Grosso do Sul se despede, nesta terça-feira (10), de Eelinho do Bandoneon. O artista já enfrentava alguns problemas de saúde e estava acamado.
A filha do cantor, Marlucy Ferreira, publicou nas redes sociais sobre o falecimento do pai.
“Venho comunicar a todos meus amigos e irmãos da igreja, que meu pai descansou. Muito obrigada a todos que de alguma forma me ajudaram nesse tempo que ele esteve acamado”, publicou Marlucy.
Eelinho
Manoel Alfredo Ferreira, mais conhecido como Elinho do Bandoneon, iniciou a carreira musical nos anos 60 como autodidata, tocando acordeon. O fascínio pelo chamamé, estilo nascido na Argentina e disseminado no Paraguai e em Mato Grosso do Sul, começou bem cedo. As primeiras noções musicais foram passadas pela mãe.
Em 1980, Elinho abandonou o acordeon para se dedicar ao bandoneon. Foi para Corrientes, na Argentina, onde estão os melhores instrumentistas do chamamé, e aprimorou sua técnica.
O bandoneon foi levado para a região argentina do Rio da Prata por imigrantes alemães no início do século XX. No país vizinho tornou-se o principal instrumento da orquestra do tango e suas diferentes variações utilizadas no chamamé.
Apesar das aparências, bandoneon e acordeon são bem distintos. O instrumento portenho produz o som a partir da vibração de palhetas internas de aço rebitadas em chapas de metal. Já no acordeon, o ar do fole passa por entre duas palhetas, que vibram mais grave ou agudo, de acordo com a distância entre elas.
Helinho é considerado uma verdadeira lenda do chamamé. Possui extenso currículo de apresentações na América do Sul e em outros estados brasileiros. Um veterano do bandoneon, do qual, além de mestre instrumentista, é também lutiê.