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Interior

17/06/2017 08:22

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Autoescola fecha em Ladário e alunos denunciam estelionato na Polícia

Por causa da situação, um grupo de WhatsApp com pessoas que foram prejudicadas foi criado

Pelo menos 20 pessoas foram até a Delegacia de Polícia Civil de Ladário nesta sexta-feira (16) para registrar boletim de ocorrência sobre estelionato envolvendo o dono da autoescola Tokyo, sediada no município. Edemilson Montiel de Matos, proprietário do Centro de Formação de Condutores Montiel, localizado na rua Conde Azambuja, teria fechado o estabelecimento e ido embora da cidade, após receber dinheiro de alunos que estavam ainda em processo de aquisição da carteira de motorista. De acordo com Nielson Braga Fernandes, de 23 anos, aluno que estava finalizando as aulas, o dono da autoescola não avisou ninguém antes de fechar as portas. “Tem gente que estava no começo, na metade e no fim do processo. Eu estou sendo prejudicado já no final das aulas e simplesmente não deram nenhuma informação”, contou ao Diário Corumbaense.

Ainda de acordo com Nielson, a autoescola recebeu dinheiro de alunos até o final de maio e o dono teria ido embora para a cidade sul-mato-grossense de Jardim. Na quinta-feira (15), um rapaz teria sido mandado pelo dono para fazer a mudança, sem avisar ninguém. “Ficamos sabendo que ele tinha mandado um rapaz de Jardim para levar os materiais da autoescola, aí o próprio rapaz informou que o dono tinha entrado em falência, e a Polícia foi chamada. O rapaz deixou os móveis dentro da autoescola, mas na madrugada, a mudança foi feita”, disse Nielson.

Por causa da situação, um grupo de WhatsApp com pessoas que foram prejudicadas foi criado para avisar sobre o fechamento da empresa e chamá-las para registrar ocorrência na Delegacia de Polícia. “Ficamos sabendo que o proprietário do imóvel que alugou para o Edemilson estava sem receber há seis meses o aluguel. E que nem a chave tinha sido entregue. Muitas pessoas foram prejudicadas. Tem gente que pagou à vista,  outros pagaram a metade”, acrescentou Nielson Fernandes.

As pessoas que foram prejudicadas relataram ainda que os funcionários eram trocados constantemente, e que as aulas práticas não estavam ocorrendo e que autoescola só abria as portas para receber pagamento. Segundo a microempreendedora, Edineia Pinho Brandão de Souza, de 42 anos, ela ficou sabendo pelo marido que uma mudança estava ocorrendo na autoescola e foi saber o que estava acontecendo. “Todo dia, meu marido ia até a autoescola tentar falar com os funcionários, mas estava sempre fechado. Na quinta-feira, vimos uma aglomeração na frente do local e ficamos sabendo que estavam tentando fazer mudança. Eu fui prejudicada, porque paguei R$ 750 à vista para carteira de motorista “B” e nem iniciei as aulas”, contou a este Diário.

Edineia ressalta ainda que  Edemilson estava há dois anos em Ladário, e que desde o início deste ano a autoescola oferecia uma promoção de R$ 850 para carteira de habilitação de moto e carro e que tem outros negócios. “Ele tem uma autoescola em Campo Grande e uma empresa de pesca em Jardim. Ele ainda essa semana postou foto no Facebook de pescaria, churrasco e cervejada, provavelmente com dinheiro nosso. E com certeza deve ter aberto o negócio lá com o nosso dinheiro”, disse revoltada.

O jovem Igor Ferreira, de 20 anos, saiu da Marinha recentemente e pagou 1.500 reais à vista para tirar a carteira. No entanto, ele só chegou a fazer aula teórica. “Entrei há dois meses, paguei o valor, fiz a aula teórica, prova teórica, e ia começar essa semana a prática. Mas, fiquei sabendo pela internet que a escola teria falido e vim aqui registrar a ocorrência”, contou.

O proprietário do imóvel alugado para a autoescola, que preferiu não dizer o nome, informou à reportagem que há seis meses Edemilson não pagava o aluguel. “A gente sabe que com a crise, a situação é difícil. Cobrávamos o aluguel de 3 em 3 meses. Eles pagaram o IPTU, mas de quatro meses para cá ficamos alertando e entramos com pedido de despejo”, contou. Mesmo após vários avisos, o proprietário deu oportunidade para o dono da autoescola pagar a dívida, e continuar ou não no prédio. “Foram embora, não deram satisfação, nem as chaves entregaram. Nós, agora procuramos a esfera judicial para tomar providências”, disse.

O delegado titular da Polícia Civil de Ladário, Sam Ricardo Suzumura informou que vai abrir inquérito por crime de estelionato, mas não quis adiantar mais detalhes para não prejudicar as investigações.

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