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Interior

24/06/2018 14:40

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Com cheias no Pantanal, União reconhece situação de emergência e envia ajuda aos ribeirinhos

Ao todo, 2,5 mil pessoas serão atendidas e Embrapa Pantal fala em R$ 5 milhões em prejuízos

O ministro da Integração Nacional, Antônio Pádua Andrade, homologou a portaria que visa atender a situação de emergência decretada pela prefeitura de Corumbá em razão das inundações causadas pela cheia no Pantanal. O comunicado foi feito pelo coordenador-geral da Coordenadoria de Defesa Civil de Mato Grosso do Sul (Cedec/MS), tenente-coronel Fábio Santos Catarineli.

A portaria atende o pedido do Estado feito no dia 13 de junho, à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, por meio de parecer técnico, onde a Cedec/MS assinala o isolamento de 2.500 pessoas que residem nas áreas ribeirinhas sob influência do Rio Paraguai e os prejuízos econômicos, estimados pela Embrapa Pantanal em R$ 5 milhões, com a retirada do gado das regiões inundadas.

Socorro aos ribeirinos

Com a decisão do Ministério da Integração Nacional, a Cedec/MS enviou a Corumbá uma carga com água potável e kits adulto, infantil, de higiene pessoal e limpeza para distribuição às famílias atingidas pela cheia. O carregamento foi entregue à prefeitura, que, a partir desta segunda-feira, realiza a quarta ação Povo das Águas, que consiste em levar assistência médica e social aos ribeirinhos.

“Não incluímos cesta básica nesta ação porque a prefeitura já realizou anteriormente o atendimento a estas famílias”, explicou o coordenador da Cedec/MS. Ele disse que o Governo do Estado continua monitoramento a situação nas áreas de inundação, em apoio ao município, e a maior atenção agora é o deslocamento das águas para o Sul, em direção aos distritos de Porto Esperança e Forte Coimbra.

O material a ser distribuído aos ribeirinhos foi enviado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O Povo das Águas é uma ação realizada por uma equipe multidisciplinar da prefeitura local, pelo Rio Paraguai, até a divisa com Mato Grosso, distante cerca de 240 km ao Norte de Corumbá. Mais de 200 famílias vivem nas barrancas do rio, nesse trecho, e a maioria foi atingida pelas águas.

Defesa Civil enviou água potável e outros itens a Corumbá para atender ribeirinhos isolados pela inundação. Foto: Cedec/MS

Cheia perde força

A homologação da situação de emergência pelo Governo Federal torna a região atingida pela enchente como prioridade quanto ao repasse de recursos financeiros e permite, excepcionalmente, o alongamento de dívidas dos produtores rurais. Os pantaneiros pediram liberação de linha de crédito especial e mudanças em programas, como o de retenção de novilhas. O Estado prorrogou a vacina antiaftosa até 30 de julho.

A portaria do Ministério da Integração Nacional chega em um momento de declínio da força das águas do Rio Paraguai, segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite. No entanto, ele ressalva que os efeitos da cheia para a pecuária perduram até 2019 por sua influência no score corporal das vacas de cria, causada pelo deslocamento dos animais em longas caminhadas.

“A situação de emergência nos permitirá captar recursos federais e, sobretudo, ter credito diferenciado para custear as despesas da retirada do gado e também alongamento das dívidas”, comemorou Luciano Leite. “A água está baixando na região próxima a cidade de Corumbá, mas ainda tem um longo caminho para chegar a Porto Murtinho, e no caminho vai continuar inundando”, disse.

A previsão de o nível do Rio Paraguai chegar a 5,70 metros na régua da Marinha, em Ladário, não se confirmou. Depois de vários dias estacionado em 5,33 metros, o rio deu sinais de declínio e baixou um centímetro, aumentando a crença dos pantaneiros de que o nível do Paraguai dificilmente sobe após o dia de São João, comemorado neste sábado. Mas as inundações devem cessar somente em julho.

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