Um grupo de crianças foi parar na delegacia após serem apreendidas em uma arena esportiva, na noite desta segunda-feira (15), em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande. Elas teriam arrombado o portão do local, que estava interditado para manutenção, para jogar bola.

O caso aconteceu na Arena Esportiva da Praça do Pequi. Segundo a tia de um dos meninos presentes no local, a Secretaria dos Esportes deslocou um ônibus para a arena e a polícia levou as crianças e as mães para a delegacia da cidade.

As crianças tinham se reunido para jogar bola no local que havia sido recém reformado, porém, ainda fechado. Para entrar na arena, elas teriam estourado o cadeado do portão, aberto um buraco nas grades que cercam a área e pulado o muro.

Segundo a mulher, a secretaria de esportes determinou que as crianças saíssem, mas elas se recusaram, então chamou o conselho tutelar e a polícia.

O caso gerou grande repercussão e indignou as mães dos menores. "Eles estavam apenas jogando bola. Agora virou crime praticar esporte?", questiona uma das mulheres.

Após repercussão, a prefeitura se posicionou destacando que o problema não estava nas crianças jogando bola, mas no dano ao patrimônio público. Em nota, o órgão lamentou o ocorrido e informou que já tomou as providências cabíveis para apurar os fatos.

A Arena Esportiva seria entregue à população na próxima semana, após a conclusão das obras de revitalização.

A nota informa que os profissionais do órgão apenas acionaram a polícia pela recusa dos menores de saírem do local e a fim de manter o patrimônio público, que pertence a toda a comunidade.  Segundo o comunicado, este não é um caso isolado de depredação do patrimônio público no município.

O comunicado ainda esclarece que, sempre que houver casos de depredação do espaço público, se acionará a polícia, "uma vez que isso é crime, previsto no artigo 163 do Código Penal, e pode resultar em pena de detenção de seis meses a três anos, além de multa".

A Prefeitura finaliza se solidarizando com aqueles encaminhados à delegacia para serem ouvidos, pede aos pais ou responsáveis que orientem os seus filhos que não se deve invadir ou depredar espaços públicos, e pede a colaboração dos cidadãos para denunciarem qualquer ato de vandalismo.