Um dos principais motivos para que Carlos Marcos Alexandre, de 55 anos, tenha cometido o assassinato de Claudionor Trelha Neto, de 72 anos, foi o fato do idoso ter supostamente mexido com sua namorada dias antes do crime, que aconteceu na noite do último sábado (22), em Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande.
Em seu depoimento para a Polícia Civil, durante a madrugada de domingo (23), o acusado relatou que Claudionor havia mexido com sua namorada dias antes da discussão. Assim, ele decidiu tirar satisfação com o idoso aproveitando que eles estavam no mesmo bar.
Quando questionado, a vítima levantou e foi em direção ao seu carro buscar um revólver, de calibre 38, e passou ameaçar Carlos. Tentando se defender, o homem entrou em luta corporal com o idoso e conseguiu desarmá-lo, mas na sequência efetuou vários disparos.
Ainda no depoimento, ele disse não se recordar sobre a quantidade de disparos que realizou, nem onde teria acertado Claudionor, "pois foi tudo muito rápido". Sobre a tentativa de fuga, Carlos explicou que queria sair da situação de flagrante, mas logo foi encontrado por policiais militares.
Ao ser perguntado se conhecia a vítima, o acusado afirmou conhecer apenas de vista, mas que não tinha desavenças anteriores ao crime cometido na noite de sábado.
Morte
Claudionor foi assassinado com pelo menos cinco disparos. O idoso ainda teria sido agredido na cabeça com coronhadas, que chegaram a quebrar o cano do revólver, que seria de sua propriedade.
O autor foi detido tentando fugir e escondido em seu carro em um lugar isolado, próximo a MS-352.
A Justiça de Mato Grosso do Sul converteu a prisão de Carlos em preventiva durante audiência de custódia na tarde deste domingo (23). O juiz de direito, Valter Tadeu Carvalho, entendeu que havia necessidade de impor a prisão preventiva em razão do histórico de passagens que Carlos tinha, inclusive, condenado por outro crime de violência.
"Destarte, reputo necessária a prisão preventiva para garantia da ordem pública, a qual estaria sendo colocada em risco com a imediata soltura do flagrado. Ante o exposto, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva de Carlos Marcos Alexandre".
Carlos possuí passagens por ameaça, porte ilegal de arma e também violência doméstica, cometidos em algumas cidades do interior e Campo Grande.
A Polícia Civil ainda deve investigar mais situações do caso e deve finalizar o inquérito policial em breve.








