A Justiça de Dourados expediu mandado de prisão contra o ex-presidente da Câmara Municipal de Dourados, Sidlei Alves, pelos crimes de peculato e associação criminosa. Alves foi condenado em 2011, no âmbito de uma operação Máfia dos Consignados, da Polícia Federal. 

A decisão foi da 3ª Vara Criminal de Dourados, que recentemente, cassou o habeas corpus concedido a ele. A defesa do político tentou recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas não teve sucesso. 

Segundo o Dourados News, em julho de 2013, Sidlei Alves foi condenado a 11 anos, nove meses e cinco dias de reclusão, porém teve o tempo de prisão reduzido no ano passado. 

O caso

Ação desencadeada em 2011 resultou na prisão de vereadores e servidores da Câmara de Dourados por fraude aos cofres públicos. Segundo denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), tanto Sidlei Alves, quanto o também ex-vereador Júnior Teixeira, com a ajuda dos ex-servidores da Câmara foram acusados de fraudar empréstimos consignados feitos em nomes de funcionários da Casa de Leis.

Nas denúncias, os holerites dos funcionários eram falsificados pelo diretor financeiro da Câmara, a mando dos dois legisladores.

Os valores eram aumentados em até cinco vezes para conseguir emprestar grandes somas. Segundo o processo, os réus foram acusados por crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha.

Antes da ação, conhecida como 'Máfia dos Consignados', Sidlei teve o nome envolvido na Operação Uragano, desencadeada em 1º de setembro de 2010, quando o ex-prefeito Ari Artuzi, o vice Carlinhos Cantor e outros oito vereadores – além dele -, empresários e funcionários públicos foram presos pela Polícia Federal.